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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Atuando há 20 anos, engraxate mostra que a profissão resistiu à crise e ao tempo

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto/Ilustração

Atuando há 20 anos, engraxate mostra que a profissão resistiu à crise e ao tempo
Com o passar dos anos e a chegada das novas tecnologias, muitas profissões foram ficando para trás. Claro, este não é o caso do engraxate, responsável pelo polimento de sapatos. Com cerca de 20 anos no ramo, Junior Ferreira Paz, de 36 anos,  coleciona muitos clientes, e mostra que a profissão resisti até mesmo à crise e ao tempo. 

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Foi com 17 anos que os primeiros trabalhos surgiram. Ainda adolescente e com o desejo de conquistar sua independência financeira ele começou ir até Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) engajar seus primeiros clientes.
 
“Eu comecei a trabalhar na minha adolescência, na UFMT. Comecei engraxando lá dentro, na hora do intervalo mesmo”, explica o engraxate, que ressalta que naquela época o suporte para o pé do cliente era feito com caixas de tomate.
 
Após atuar na universidade, Junior permaneceu por um bom tempo na Avenida Mato Grosso e Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA). Nessas avenidas, os locais escolhidos pelo engraxate foram os restaurantes e bares. “Eu sempre gostei de trabalhar a noite, então eu ficava andando nos bares e oferecendo meu trabalho”.
 
Apesar da paixão pela noite, o profissional se deslocou para outro ponto. Atualmente os atendimentos são feitos em bares e restaurantes da Praça Popular e em horário comercial.
 
Embora, a profissão seja antiga, Junior se atualizou e acompanhou os avanços do mercado. Os valores cobrados variam de R$ 15 a R$ 25 e o pagamento pode ser feito através de cartão de crédito ou débito. Outro diferencial apontado pelo profissional é o atendimento a domicilio e o fato de trabalhar uniformizado.

Dedicação e paixão pela carreira fazem com que ele colecione clientes, além de algumas autoridades que ele expõe extremo orgulho de já ter prestado serviço.  
 
"Eu também trabalho em eventos, onde os profissionais precisam estar com os sapatos polidos. Já engraxei o sapato do Gilberto Gil quando ele era ministro da cultura e veio até Cuiabá. Vereadores e deputados também estão entre os meus clientes”, relata.

Como engraxate, Junior garantiu o sustento dos três filhos e também conseguiu realizar o sonho de uma casa própria. 

“Eu trabalho de engraxate não só pela necessidade ou dinheiro. Mas eu trabalho porque eu gosto desta profissão. Tenho meus clientes, meus contatos, minha freguesia e bastante experiência na área. Não vejo necessidade de sair desta profissão e procurar emprego de carteira assinada. Pois eu amo, o que eu faço”, finaliza o engraxate.
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