O ex-secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho Avelino Vieira, foi convidado pelo governador José Pedro Taques (PSDB) e vai assumir o comando da autarquia Desenvolve MT S/A, dentro de poucas semanas, em substituição a Mário Milton Ferreira Mendes, já exonerado.
 
Para que a nomeação seja concretizada, existe uma série de demandas burocráticas, como aprovação dos Conselhos de Fiscal e de Administração da autarquia financeira, além da autorização do Banco Central (Bacen).

Leia Mais:
- Max Russi assume Casa Civil em substituição a José Adolpho que deixa o Governo; veja carta

- Pedro Taques lança programa de regularização que beneficiará 45 mil famílias
 
“Tive a honra de receber o convite do governador e estou pronto para servir Mato Grosso. Mas sei que [o nome indicado] tem que ser aprovado pelo Conselho de Administração e Banco Central”, ponderou o ex-secretário da Casa Civil, que faz parte do núcleo duro de Pedro Taques desde a campanha de 2014. Em janeiro de 2015, ele assumiu como adjunto da Casa Civil e, depois, em maio deste ano, se tornou secretário-chefe.
 
Por ser uma instituição financeira, o cargo de presidente do Desenvolve MT possui status quo de secretário de Estado e fiscalização direta do Bacen. Por isso, Avelino Vieira pediu para não tratar de projetos, por considerar que há um longo caminho a ser percorrido – demora cerca de 40 dias desde a indicação até a posse, para consumar a nomeação.

José Adolpho Vieira ficou cinco meses à frente da Casa Civil, em meio à série crise política provocada pela suposta existência de escutas telefônicas ilegais, operacionalizada pela Polícia Militar de Mato Grosso.  
 
Na época, alegou lealdade a Pedro Taques para pedir exoneração do cargo, já que era alvo de investigação. “Para não me deixar ser usado como instrumento de constrangimento ao senhor, solicito a minha exoneração do cargo de Secretário-Chefe da Casa Civil”, proclamou José Adolpho Avelino.
 
A Desenvolve MT é responsável por alguns dos principais projetos sociais do governo de Mato Grosso, com ênfase para a regularização dos conjuntos habitacionais da extinta Companhia de Habitação (Cohab).