O governo de Mato Grosso vai pagar cerca de R$ 2,2 milhões para as empresas operadoras de
home care móvel, na próxima terça-feira (5), e, assim, evitar a suspensão no atendimento a mais de 50 pessoas, principalmente crianças, que dependem do serviço. O restante do débito será honrado no próximo dia 18 ou 19 de dezembro, quando o Ministério da Saúde deve liberar R$ 100 milhões de emendas impositivas da bancada de Mato Grosso, no Congresso Nacional, para o custeio da saúde estadual.
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O compromisso foi firmado pelo governador José Pedro Taques (PSDB) e o secretário-chefe da Casa Civil, deputado Max Russi (PSB), com a diretora da Help Vida, Sorayia Simioni, e a presidente da Associação das Famílias de Dependentes de Home Care, Solange Maria Pires, nesta sexta-feira (1), em durante reunião no Salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás.
A primeira parcela será honrada com parte dos R$ 104 milhões recebidos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na próxima segunda-feira (4), que aderiu ao Programa de Refinanciamento (REFIS) da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
“Vamos pagar dois meses, na próxima terça-feira, com os recursos que o governador Pedro Taques conseguiu da Conab. O dinheiro entra na conta [Única] do Tesouro do Estado na segunda-feira. E, então, na terça-feira, vamos pagar dois meses [R$ 2,2 milhões] para os serviços de home care”, ponderou Max Russi, para a reportagem do
Olhar Direto.
O chefe da Casa Civil lembrou que até o próximo dia 15 de dezembro, conforme entendimento entre Pedro Taques e o ministro da Saúde, deputado paranaense Ricardo Barros (PP), deve entrar nos cofres do Estado cerca de R$ 100 milhões da emenda impositiva da bancada de Mato Grosso, no Congresso. “E, chegando a emenda de bancada de R$ 100 milhões, até o dia 15 de dezembro, da qual o governador já conversou com o ministro Ricardo Barros, vamos zerar nosso passivo com as operadoras de
home care”, sintetizou Russi.
Dirigente da maior credora, a Help Vida, Soraya Simioni observou que a dívida com a empresa é superior a R$ 6,5 milhões. “Vai pagar R$ 2,2 milhões nesta terça-feira [5]. É um caminho. Os meus credores estiveram aqui e aceitaram a proposta. O que nos deixa satisfeitos é o interesse do governo em resolver”, definiu Soraya.
Solange Maria Pires ponderou que as famílias estão esperançosas, porque o pagamento representa um fôlego para as empresas. “E tenho esperança de que as crianças não sejam recolhidas. Temos muitas mães que dependem dos serviços. E é triste ver seu filho recolhido para uma UTI, sem necessidade. O governador explicou bem a dificuldade que o Estado está enfrentado. Eu sou otimista. E vamos torcer para que isso se concretize e que as famílias tenham ao menos um Natal tranqüilo”, avaliou Solange Pires.
