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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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​sangramento político

Medeiros vê Taques vítima de “tempestade perfeita” e aposta em autofagia do grupo governista

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Medeiros vê Taques vítima de “tempestade perfeita” e aposta em autofagia do grupo governista
Se pudesse, o senador José Medeiros, do Podemos, não faria nenhuma avaliação do governo Pedro Taques (PSDB). Isso por uma questão de elegância, por que chegou ao Senado como suplente do ex-procurador, segundo suas próprias palavras. Mas na vida pública o debate político é inevitável e Medeiros enxerga o chefe do Executivo em uma grave crise, tendo no próprio bloco governista o principal adversário de 2018.


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Taques foi engolido, segundo Medeiros, por uma “tempestade perfeita” e terá dificuldades para reverter a imagem negativa da atual administração. Os problemas começaram logo na posse. Isso porque na avaliação do senador, Taques entrou para o governo com uma grande expectativa da população, algo difícil de ser corresponder.
 
“É como você entrar em um filme. Você vai assistir um filme, se você entra com expectativa do filme, por melhor que seja o filme, você já vai achar que o filme não foi muito bom. E Pedro tinha isso. Ele entrou, tinha uma crise muito forte, uma crise econômica muito forte. E entrou em meio a um governo que estava esfacelado em termo de infraestrutura, em economia, estava tudo ‘lascado’. E ai ele entrou num redemoinho político muito forte, com briga com servidores e aquela coisa toda, de forma que ele entrou numa crise política”, avalia.
 
A espiral de problemas, no entanto, seguiu, avalia Meeiros. “Logo em seguida, seu governo começou a sofrer desgaste com operação disso, operação daquilo. Eu diria que ele entrou em uma tempestade perfeita. Eu não sei se ele sai desse redemoinho. Então a avaliação que eu faço é essa. É um governo que entrou bem intencionado. Eu acho a pessoa do Pedro Taques muito bem intencionada. Acho ele um cara sério, mas eu não sei se o governo dele sobrevive a tudo isso. Foi muita coisa, muita bateria centrada num momento só. Então sangrou muito politicamente. Diante de uma expectativa muito alta,  isso é quase que fatal”, completa.
 
Em meados de junho, Medeiros fez um prognóstico da gestão Taques, segundo a qual, o chefe do Executivo teria até dezembro de 2017 para mostrar a viabilidade de sua reeleição. Dezembro chegou. E agora? “Eu vou te falar uma coisa, política é muito similar à savana africana, por mais forte que seja o animal, se ele mostrou ali uma fraqueza que seja, os outros vêm e fazem dele uma alimentação. E eu sinto é que os grupos todos já estão formando seus negócios e estão com um olho no gato e outro no peixe. Você nota que todos eles estão só esperando o momento para desembarcar do governo do Pedro”, analisa.
 
A oposição, cadê?
 
Medeiros ressalta que apesar do atual  momento crítico, Taques não tem enfrentado uma oposição de verdade e acredita que o principal adversário do governador em 2018 irá surgir do próprio grupo político que o elegeu em 2014.
 
“O Pedro não tem oposição. Isso ele não tem. Vai ser uma autofagia. Pedro não tem oposição, não vai ter um candidato de oposição. Pedro vai ter o grupo dele que vai aparecer outros candidatos, isso eu não tenho dúvidas. Mas isso é uma avaliação muito própria minha”, pondera.
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