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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Assassinato de jovem por asfixia é o sexto caso de feminicídio em MT neste mês

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD / Reprodução

Assassinato de jovem por asfixia é o sexto caso de feminicídio em MT neste mês
O caso da jovem Vanessa Tito Poquiviqui Ramos, de 25 anos, assassinada na manhã desta quarta-feira (31), no Bairro Três Barras, em Cuiabá, já é o sexto de feminicídio registrado em Mato Grosso apenas neste primeiro mês de 2018. Houveram também outras tentativas de homicídio, por parte dos companheiros, mas as vítimas sobreviveram.


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A Polícia Judiciária Civil confirmou que o suspeito seria o namorado da vítima, identificado como Maicom Junior da Silva Dantas. O namorado da vítima ligou hoje cedo para a sogra, dizendo que ela estava morta e que havia tomado vários medicamentos, o que não foi confirmado pelos socorristas. A mulher foi encontrada morta, com sinais de asfixia. Este caso de feminicídio é investigado pela delegada Alana Cardoso.

Só neste primeiro mês de 2018 sete casos de feminicídio já foram registrados. O primeiro foi o de uma adolescente de 15 anos, identificada como K.C.L.M., assassinada a tiros no meio da rua em Rondonópolis. Testemunhas relataram à polícia que o autor dos disparos seria o namorado da vítima.

O segundo caso foi o da servidora pública, também de Rondonópolis, Rosineide Maria de Sousa, 45 anos, assassinada pelo seu ex-companheiro Valdeci Vieira da Silva, de 47 anos e seu irmão Valdomiro Vieira da Silva, de 40. O corpo da vítima foi jogado no Rio Vermelho pelos suspeitos e encontrado dias depois, em um saco, por um pescador. Os dois homens já foram presos.

No último dia 14, em Várzea Grande, uma mulher identificada como Célia Cristina Ferreira foi assassinada a tiros pelo seu ex-marido Vitorino José da Cruz em Guarantã do Norte. Depois de assassinar Célia o homem ainda se matou em frente aos filhos do casal.

Um outro caso foi o de Edilene Coelho Santos, de 30 anos, assassinada no dia 17 pelo companheiro Ademilson Nunes, de 30. A vítima foi morta a facadas enquanto amamentava seu filho de 20 dias. A mãe da vítima teria dito que a filha já havia sido agredida anteriormente pelo suspeito e chegou a pedir uma medida protetiva. O suspeito fugiu e ainda não foi localizado.

O quinto feminicídio registrado foi o de Maria Lopes dos Santos, de 43 anos, assassinada pelo marido com tiros de espingarda. Claudiomir Lima da Silva, de 53 anos, tria matado Maria por causa de ciúmes. Ele ainda não foi encontrado.

Outros casos de agressão e tentativa de homicídio contra mulheres, praticadas pelo ex-companheiro, também foram registrados neste mês. O mais recente foi o de Estella Cristina Ribeiro, de 32 anos, que teria sido esfaqueada nove vezes pelo ex-namorado Lucas Silva Santos, de 25 anos, em Várzea Grande. A vítima sobreviveu e o suspeito fugiu.

A promotora Lindinalva Rodrigues, do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher do Ministério Público, afirmou que estes casos mostram a necessidade de políticas públicas, visando mudar esta visão de posse que alguns homens tem.

"Todos estes casos em pouco tempo. A gente já vem de um ano muito sangrento para as mulheres, que foi 2017, e não começamos bem o ano de 2018. A gente vê que os agressores são homens de todas as idades, alguns bem jovens, o que mostra que ainda não houve uma mudança no comportamento masculino em relação às mulheres e não temos uma política pública educativa para mudar essa forma possessiva de pensar, dos homens, que preferem ver as mulheres mortas do que longe deles. Porque geralmente matam elas quando elas rompem a relação ou quando elas arrumam outro companheiro. Então é uma relação de possessividade absurda, que acaba com a vida da muher e com a do próprio homem, porque vira um criminoso, irá preso, é uma tragédia para ambas as famílias", afirmou.

Feminicídio é um termo utilizado para definir o crime de ódio baseado no gênero, amplamente definido como o assassinato de mulheres, mas as definições variam dependendo do contexto cultural. Normalmente os assassinos são companheiros ou ex-companheiros das vítimas.

Para denunciar casos de violência contra a mulher existe um disque-denúncia. O número 180 da Central de Atendimento à Mulher é o canal criado para receber denúncias e orientar mulheres vítimas de violência.

 
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