Operação de fiscalização de trânsito, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), realizada na manhã desta sexta-feira (16), na Avenida Mário Andreazza, em Várzea Grande, autuou 60 veículos em 60 minutos. Há a possibilidade de os condutores notificados irem a um banco ou posto do Detran-MT para regularizar a situação do veículo antes que ele seja guinchado, no entanto alguns foram removidos para o pátio de apreensão. Presidente do Detran-MT busca a instalação de um posto de regularização nos locais das blitzes.

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O delegado Christian Cabral, da Deletran, afirmou que nesta operação, a quarta realizada em 2018, foi utilizado leitor ótico de caracteres de placas veiculares. A previsão era que a ação durasse 1h30, mas por conta do alto números de irregularidades acabou durando cerca de 60 minutos.

“Este equipamento fica a uma distancia razoável do cenário da operação e ele lê as placas dos veículos que passam pela via e informa ao setor de abordagem todos os veículos que tem alguma irregularidade, seja na esfera criminal, seja na esfera administrativa, estes veículos são retirados da pista e são submetidos à abordagem e à checagem. A operação de hoje tinha a programação de durar 1h30, mas teve que ser interrompida com cerca de 60 minutos de duração devido ao alto índice de veículos irregulares que foram abordados e tornou inviável a continuidade da operação. Foi em média um veículo a cada minuto, detectado com irregularidades. Estes veículos foram abordados, os condutores notificados e aqueles em que as irregularidades não foram sanadas no local estão sendo removidos para o pátio de apreensão e ficarão lá custodiados até a regularização da situação”, disse o delegado.

O senhor Luis Felipe, de 30 anos, foi um dos motoristas que teve seu veículo apreendido. Ele foi abordado com os filhos e contou ao Olhar Direto que utiliza o seu veículo para trabalhar. O motorista reclamou também da falta de possibilidade de regularizar sua situação antes de ter seu veículo apreendido.

“Meu carro está com o documento atrasado. Agora, eu trabalho para mim, sou vendedor ambulante, meu veículo é que puxa meu trailer. Minha mulher está trabalhando e eu estou com meus filhos, olha a situação que eu estou, eles acham que estão certos? Eu não estou certo com o documento, estar devendo, mas deviam notificar e dar prazo, tudo tem uma justificativa. Eu deixei minha esposa no serviço e estava comprando produtos para trabalhar. Isto aqui está errado”, disse.

De acordo com o delegado, ainda não há uma estrutura para o pagamento no local da blitz porque necessitam alguns equipamentos e autorizações. No entanto, ele disse que os condutores notificados podem ir a um posto regularizar sua situação e caso consigam retornar ao local da blitz antes do veículo ser levado ele será liberado.

“Depende de regulamentação junto ao Banco Central para termos um caixa eletrônico aqui. Para a emissão do documento precisamos também de um link dedicado, é um acesso de segurança, de uma rede fechada, precisamos de um link de segurança para que a emissão do CRLV seja feita no local. O que nós estamos fazendo é iniciar o procedimento de remoção do veículo e enquanto o veículo não entra no guincho para ser levado ao pátio, o condutor pode se deslocar a qualquer agência bancária ou qualquer CIRETRAN do Estado para regularizar a situação e retornar aqui com a situação regularizada. Algumas situações em que o veículo apresenta apenas algumas irregularidades pode também estar sanando aqui no local sem necessidade de ir á CIRETRAN e o veículo é liberado”, explicou.

O presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Thiago França, já havia se manifestado sobre a possibilidade de implantar um posto para a regularização no local da blitz.

“Há uma possibilidade de colocar estes postos do Detran nas operações integradas, para que a pessoa regularize o seu veículo no ato. Porém, dependemos de um convênio com o Banco do Brasil. A questão de licenciamento, que é o que nos compete, é um grande gargalo. São quase dois milhões de veículos e 52% estão com irregularidades, inadimplência. É uma realidade que vamos conseguir combater com fiscalização”, disse França.

Ao final da Blitz, além de irregularidades administrativas, o delegado Christian Cabral disse que a nível criminal foi apreendido um caminhão, que o condutor estava com a CRLV produto de roubo. O documento foi roubado em uma agência da CIRETRAN do Estado e foi reimpresso com dados inidônios, de acordo com o delegado. Ele foi encaminhado para a 2ª delegacia de polícia de Cuiabá, onde foi flagranteado e o veículo foi encaminhado à Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA) para ser periciado.










Colaborou ​Rogério Florentino Pereira.