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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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MPE pediu revista

Médica presa por assassinato de prefeito continua postando nas redes sociais dentro de penitenciária

Foto: Reprodução

Médica presa por assassinato de prefeito continua postando nas redes sociais dentro de penitenciária
Presa na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, desde dezembro do ano passado, acusada de ajudar a planejar o assassinato do prefeito de Colniza (1.065 quilômetros de Cuiabá), Esvandir Antonio Mendes, a médica Yana Fois Coelho Alvarenga continua ativa nas redes sociais. O Ministério Público Estadual (MPE) teve acesso a diversos prints da situação e pediu a manutenção da prisão preventiva.


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O Ministério Público Estadual (MPE) recebeu prints das postagens que ela fez na rede social no último final de semana, mesmo estando presa. Em um deles, a médica aparece comentando a foto de uma pessoa: “Saudades da minha gorda também”. Depois, ela acrescenta: “Nem fala, beijos. Aproveita suas bebês e vai lá visitar sua vizinha”.
 
Em outra postagem, que consta no pedido do MPE, ela comenta: “Meus amores! Amoooooooo! Titia já chega para morder". Em seu perfil na rede social, a médica afirma ser cristã, apaixonada pela família e muito abençoada. Lá, ainda cita que é casada com o empresário Rodrigo, que na verdade se chama Antônio Pereira Rodrigues e é acusado de ser o mandante do assassinato do prefeito Esvandir.

Por conta do fato, o promotor Willian Oguido Ogama, de Colniza, pediu à Justiça a manutenção da prisão preventiva da médica. Além disto, foi requisitada uma revista na cela onde Yana está. O temor é de que a médica, tendo acesso à internet, possa incidir em testemunhas arroladas no processo e ocultar objetas ou provas.
 
Yana Fois Coelho Alvarenga, segundo aponta o MP, foi quem ligou Antônio Pereira Rodrigues Neton a Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva. O marido da médica é empresário no município e teria oferecido R$ 5 mil a cada um dos comparsas para auxiliarem-no. Após o assassinato, Yana teria dado ordens a um irmão de Antônio, um garoto de 15 anos, para que ele pegasse o trio com um carro diferente do usado no crime para despistar a polícia. 
 
“Não se pode olvidar que como médica, quando tomou conhecimento dos fatos deveria agir para salvar a vida das vítimas. Porém, agiu ao revés: providenciou não só a fuga dos executores, entregando o veículo à adolescente e, ainda, fez toda a ponte necessária para que seu companheiro os conhecesse e buscasse para que executassem a infração penal”, sustenta o MP.



A reportagem do Olhar Direto entrou em contato com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), que informou que "as revistas são realizadas diariamente nas unidades penais de Mato Grosso, entre elas, a penitenciária feminina Ana Maria do Couto May, onde nenhuma das reeducandas tem acesso a computadores ou qualquer tipo de aparelho que possa realizar postagens nas redes sociais. É importante lembrar que este tipo de atualização no Instagram ou em outra rede social pode ser feito mediante senha do usuário por alguém de fora da unidade, como amigos ou parentes".
 
O crime
 
O prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, em um veículo SUV, preto, a cerca de sete quilômetros da entrada da cidade.
 
O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro.
 
Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. O fato ocorreu por volta das 18h40, de sexta-feira (15).
 
A prisão
 
Antônio, Zenilton, e Welisson fugiam em um veículo Fiat Uno cinza, quando foram abordados a cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da  Regional da Polícia Civil de Juína, que auxiliou as investigações. Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, em espécie.
 
O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes de R$ 10 mil.
 
Foram usadas quatro armas de fogo no crime, mas somente um revólver calibre 38 e um fuzil 22, com numeração raspada, foram encontrados dentro de uma bolsa deixada no mato, pela Polícia Militar. As armas estavam a cerca de 15 km de Colniza, localidade onde também foi abandonada a caminhonete da ação criminosa.
 
Duas pistolas, que segundo as informações levantadas, também foram usadas, teriam sido jogadas dentro de um rio.
 
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