Dezenas de famílias vivem em áreas consideradas de risco e podem ser surpreendias pelas águas, caso Cuiabá registre, em março, o mesmo volume de chuvas registrado em janeiro e fevereido de 2018. A constatação partiu da Coordenadoria de Defesa Civil da Prefeitua de Cuiabá, após vistoria ‘in loco’, tratando como “extremamente preocupante”, em especial, a situação de casas na rua Poconé, no Dutor Fábio.
A vistoria da Defesa Civil foi solicitada pelo vereador Misael Galvão (PSB), da Câmara de Cuiabá, apos o córrego ter transbordado por causa das chuvas e do acumulo de lixo. Algumas casas foram construídas na década de 1990 em Área de Prevenção Permanente (APP), enfrentando hoje risco real de acidentes mais graves.
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Um morador filmou e divulgou nas mídias sociais um vídeo que mostra o momento do alagamento, quase inaundando a casa. O vereador Misael Galvão, que é morador do Doutor Fábio, solicitou ao prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) a tomada de providências quanto à construtora que está realizando obras drenagem e asfaltamento no bairro e, também, ações do poder público.
O prefeito determinou que a Defesa Civil fizesse um levantamento. E a equipe coordenada pelo coronel BM Paulo Wolkmer estive no local, averiguando a situação e constatou várias irregularidades às quais podem ter ocasionado o transbordo do córrego.
As fortes chuvas acabam servindo de ameaça a quem vive em APP. O coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, coronel Paulo Wolkmer, afirmou que a Capital vem sofrendo com essas chuvas constantemente e revelou que, no Doutor Fábio, encontrou moradias irregulares, lixo sem o acondiconamento correto e outras falhas, o que acaba contribuindo apra entupir as manilhas, agravando com sujeira à beira de toda extensão do córrego.
“Estivemos vistoriando o bairro, a pedido do prefeito e do vereador Misael Galvão com nossa equipe. Tiramos fotos das muitas intervenções que existem, no local. Por exemplo, encontramos uma cuba de pia, obstruindo a manilha. Um lixo errado jogada pela própria comunidade. Isso faz com que a água procure outro local para transcorrer”, avaliou o coordenador da Defesa Civil.
Paulo Wolkmer cobrou também que a população colabore com a limpeza. “Vimos também muito lixo, galhos, também carros inoperantes e velhos próximo ao local, podendo empoçar água e causar um foco de mosquitos da dengue, zika e chikungunya”, citou coronel Wolkmer.
Das ações sugeridas pela Defesa Civil para o prefeito, entre as principais, estão debate da situação do Doutor Fábio para definir ações com as secretarias de Obras, Serviços Urbanos, Meio Ambiente, governo de Mato Grosso e Defesa Civil municipal.
Misael Galvão pediu para falar na condição de morador do bairro. Ele observou que, desde 2003, quando foi presidente da Associação dos Moradores, busca alertar os residentes nas imediações de (APPs), sobre o risco da chuva e das consequências às suas moradias. Ele cobra providências das autoridades sobre a situação e lembra que é conhecedor do problema, buscando revolver da melhor forma.
“Um morador me enviou um vídeo e fez uma reclamação da situação. Eu respeito as críticas, desde que venham com coerência. Tenho lutado muito como morador e, agora, também como vereador por Cuiabá. Na Câmara Municipal, venho lutando para que a melhoria possa chegar até o bairro Doutor Fábio e região, como asfalto, posto de saúde, regularização e vários projetos para comunidade”, pontuou ele.
“Sei bem a realidade do bairro, proque acompanho estas famílias desde 2003, quando fui presidente do bairro. E assim que recebi o vídeo enviei imediatamente a situação ao prefeito e logo nos atendeu. Estou fazendo meu papel, cobrando semrpe e o prefeito irá determinar que algumas secretarias municipais definam o que pode ser feito por estes moradores”, avaliou o parlamentar do PSB.
Misael Galvão considerou de suma importância a visita da Defesa Civil “Com essa visita ‘in loco’ da Coorenadoria da defesa Civil, determinada pelo prefeito a nosso pedido, possa tomar providencias urgentes para evitar uma tragédia como foi em 2001 [tomba d’água com 15 mortos na região], pois com fortes chuvas sempre haverá riscos”, sintetizou Galvão.
A Defesa Civil adeverte aos moradores para que contribuam nas providências, já que têm plena consciência de que em todos os anos acontecem as fortes chuvas, que resultam em inundações. “É essencial prevenir para preservar seus pertences, objetos e documentos. Se a pessoa sabe que mora em uma localidade há mais de um ano, certamente sabe o nível que sobe as águas pluviais, então que se previna, para evitar maiores prejuízos e até mesmo danos à saúde”, pontou coronel Wolkmer.
Caso as águas cheguem a ameaçar, a orientação é para que os moradores acionem o Corpo de Bombeiros Militar e a Coordenadoria de Defesa Civil, mas somente se houver risco de desmoronamento.
