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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Pichações atribuídas a facção criminosa alertam para presença de crime organizado em Cuiabá

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Pichações atribuídas a facção criminosa alertam para presença de crime organizado em Cuiabá
Algumas pichações feitas em um muro no bairro Despraiado, em Cuiabá, supostamente feitas por membros da facção criminosa Comando Vermelho tentam reforçar a presença dos criminosos na capital. A frase relembra os recentes vídeos de “tribunais do crime” que foram espalhados pela internet. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) afirmou que a Polícia Civil continua investigando o caso.


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A pichação foi feita em um poste e em um muro no Bairro Despraiado em Cuiabá, além de outras regiões da cidade. A frase diz “proibido roubar na quebrada CV MT”. Recentemente, membros da facção criminosa espalharam vídeos na internet onde “punem”, torturam e matam pessoas que teriam cometido infrações na comunidade.

Em um dos vídeos os criminosos entrevistam um homem que supostamente seria o mandante do assassinato da grávida Viviane da Silva Ângelo no mês passado. O homem é depois decapitado pelos bandidos.

A Polícia Civil, no entanto, divulgou que prendeu na manhã desta quarta-feira (7) Matheus Rodrigues Pinto, o “Batata”, apontado como o real mandante da morte de Viviane. Em outro vídeo, também espalhado pelos criminosos, o mototaxista que transportou a grávida no dia do assassinato havia mencionado que ouviu a jovem conversar por telefone com um homem chamado “Matheus”. O mototaxista também foi decapitado.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) afirmou que a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) está conduzindo investigação sobre estes casos. A Sesp também reforçou que a Policia Militar e a Polícia Judiciária Civil combatem o crime organizado por meio de operações.

Em recente entrevista, o delegado Diogo Santana, da GCCO, afirmou que estes casos foram uma quebra no Poder Judiciário.

Ele afirma que não acredita neste poder paralelo fazendo “Justiça” e que isto não pode ser assumido pela sociedade. Santana ainda disse que a polícia trabalha continuamente para tentar identificar os integrantes da organização criminosa.

“A maneira que nós encontramos é trabalhar com a inteligência, no sentido de identificar quem são os componentes, desde o indivíduo do alto escalão, quanto os que estão na ponta cometendo o crime a mando do comando vermelho, no sentido de enfraquecê-los. A gente sabe que acabar com uma organização criminosa como o comando vermelho não se mostra possível, mas o nosso trabalho é contínuo, no sentido sempre de enfraquecer e demonstrar que a força policial sempre sobressai à força da organização criminosa”, disse.
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