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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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Exigência do Bird

Sem reforma da previdência, servidores podem ficar sem salários dentro de três anos, diz Taques

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Sem reforma da previdência, servidores podem ficar sem salários dentro de três anos, diz Taques
Em três anos, servidores de carreira do Executivo podem não ter mais salários garantidos, caso não seja realizada a reforma da previdência. O anúncio foi feito pelo governador Pedro Taques (PSDB). O Estado possui quase 100 mil servidores, sendo cerca de 30 mil aposentados e pensionistas.


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A medida é uma das exigências do Banco Mundial (Bird) para que a dívida contraída pelo Estado com o Bank of America seja comprada.  “O Banco Mundial compra a dívida de Mato Grosso, e abre novas operações de créditos. Estamos precisando tratar da previdência e os maiores interessados são os servidores públicos.”

Se aprovada, a proposta deve ser enviada como projeto de lei à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). “O Banco Mundial tem interesse em ajudar. Por isso, vamos discutir no Conselho da Previdência. Só posso apresentar um projeto se houver a concordância, mas isso ainda será debatido”, disse Taques.

O crescimento da despesa com pessoal do Executivo Estadual acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e o aumento de recursos destinados a financiar o déficit previdenciário do Estado já havia sido externada pela equipe do Bird. No último ano a levantou informações para elaborar o projeto de apoio da instituição financeira. 

A dívida

O governo Mato Grosso firmou contrato com o Bank Of América, em 2012, com previsão de pagamento até 2022, supostamente para fugir dos altos juros praticados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), nas dívidas com a União. No pagamento são mais de 80 milhões referentes ao valor principal,  e quase 40 milhões destinados ao pagamento dos juros – de 5% ao ano, mais encargos.

Na negociação com o Banco Mundial, o governo do Estado pretende economizar R$ 200 milhões. Isso porque a negociação prevê que o  Bird assuma a dívida dolarizada que Mato Grosso contraiu do Bank of America em 2012 e que ainda tem um estoque global de quase R$ 900 milhões a serem quitados até 2022.

Nessa troca de credor, o Poder Executivo de Mato Grosso deixaria de pagar as parcelas semestrais de US$ 37 milhões e entraria em um novo financiamento de 25 anos, com parcelas mensais - obtendo taxas e juros menores, o que levaria a dívida ao patamar de R$ 700 milhões.
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