O ex-secretario chefe da Casa Civil, deputado Max Russi (PSB), em entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (5), declarou que a população muitas vezes não entende as renúncias de um governo, como foi o caso do vice-governador Carlos Fávaro (PSD), e que cabe aos eleitores avaliarem o que aconteceu.
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O deputado também disse entender que a saída de Fávaro neste momento enfraquece o projeto de reeleição do governador Pedro Taques (PSDB), e que sua saída não significa que todo o trabalho feito no governo não “prestou”.
“O grupo quanto maior tiver e com bons candidatos é melhor. É lógico que toda perca é complicada, agora temos que ver como a população vai entender isso. Porque a população não aceita ficar todo momento junto e depois no outro momento você dizer que não presta, aquilo que você trabalhou junto e apoiou. Vamos ver como vai ser esta saída e qual vai ser o discurso”, afirmou o deputado.
Carlos Fávaro protocolou sua renúncia na Assembleia Legislativa nesta manhã, alegando que irá trabalhar na construção de seu partido, o PSD, para as eleições de outubro.
Em seu perfil em uma rede social, Fávaro disse não entender que é o correto se dedicar ao partido, recebendo o salário de R$ 20 mil como vice e não estar contribuindo 100%, como fez durante os três anos e três meses de mandato.
“Hoje protocolei minha renúncia ao cargo de vice-governador na Assembleia Legislativa. Tomei esta decisão em razão da missão dada pelo meu partido, o PSD, de construir um novo projeto para Mato Grosso. A razão é simples: não poderia me dedicar a este propósito, fortalecendo o partido para as candidaturas proporcionais e majoritárias, recebendo o salário de R$ 20 mil e nem continuar utilizando toda a estrutura que dá apoio à vice-governadoria”, disse.
Fávaro além de vice-governador por mais de três anos, também esteve por 20 meses à frente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). No início deste ano, com a desistência do ministro Blairo Maggi (PR) de se candidatar a reeleição, o vice anunciou que irá se candidatar ao Senado nas eleições de outubro.