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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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E agora, José?

Fechamento do Hospital Jardim Cuiabá pode agravar ainda mais a Saúde em Cuiabá

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Fechamento do Hospital Jardim Cuiabá pode agravar ainda mais a Saúde em Cuiabá
A decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que determinou a rescisão antecipada do contrato de arrendamento do Hospital Jardim Cuiabá, localizado em bairro de mesmo nome, na capital mato-grossense, pode trazer ainda mais impactos à já grave situação da Saúde, em Cuiabá. Se a unidade realmente precisar fechar as portas, mesmo que temporariamente, outras unidades deverão absorver estes pacientes.


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A situação liga alerta na Saúde de Cuiabá e também de Várzea Grande. Isso porque os outros hospitais precisarão absorver os pacientes que não tiverem mais o Hospital Jardim Cuiabá como opção. O fato pode gerar superlotações, filas e ainda mais demora no atendimento. A situação pode ser igual na rede privada e pública.
 
Vale lembrar que, com esta decisão, a unidade perderá todos os seus convênios, incluindo o MT Saúde, além do contrato com todos os seus fornecedores, entre outros pontos. “A outra empresa não tem um funcionário, administrador, enfermeiro, terá que contratar todas as pessoas. Ao que sabemos, não tem convênios com Unimed, MT Saúde e cadastro para aquisição de medicamentos, que é exigido pela Anvisa”, explicou o advogado Alex Ferreira, que faz a defesa do hospital, ao Olhar Direto.
 
Marinei de Andrade, que é funcionária pública e usuária do hospital, disse ao Olhar Direto que: “eu gosto do atendimento daqui, que é viável. Para estar indo para outros hospitais, não tem como. Muitas vezes fica longe, você tem os médicos que conhece há anos aqui. Precisam pensar na população. Não tem para onde a gente ir. Aqui é um dos únicos que atende o MT Saúde, imagina a situação, o paciente vai para onde?”.
 
Conforme o apurado pela reportagem, o Hospital Jardim Cuiabá faz 300 atendimentos no Pronto Atendimento (PA) e recebe 30 internações por dia. A situação tem causado pavor nos 670 funcionários, que temem perder os seus empregos. Segundo o advogado da atual administração, as rescisões podem alcançar cifras milionárias.

O presidente do Hospital Jardim Cuiabá, Arilson Arruda, apresentou uma versão oposta do que foi afirmado pela empresa Importadora e Exportadora Jardim Cuiabá Ltda, que deve reassumir a gestão do hospital. Segundo o médico, a empresa ainda não apresentou nenhuma certidão de regulação de funcionamento. Já a atual gestão, afirmou que tem condições de reassumir e possui os documentos necessários para o funcionamento regular.

O juiz Yale Sabo Mendes fixou aluguel no valor de R$ 1 milhão para o uso dos equipamentos da atual gestora do Hospital Jardim Cuiabá pela empresa Importadora e Exportadora Jardim Cuiabá Ltda para que o atendimento não seja prejudicado. Mendes também proibiu a atual gestora de recolher os equipamentos após a rescisão do contrato.
 
Nas redes sociais, funcionários do hospital estão se mobilizando em uma corrente: “Devemos nos unir em prol do interesse comum que é a saúde e sobrevivência da instituição Jardim Cuiabá. Vamos apoiar e lutar pela permanência da atual diretoria, dessa forma estaremos também brigando pelos nossos interesses, pelos nossos empregos e pela continuidade de um serviço tão bem prestado a sociedade”, diz trecho do texto.
 
“Que sejamos multiplicadores de uma corrente do bem maior, o nosso hospital precisa de cada um de nós! O Dr. Fares dá a vida por esse lugar e Dr. Arilson sempre acreditou em cada um de nós. Agora é a nossa vez de acreditar no hospital. Então, União é a palavra de ordem, pois juntos teremos a retribuição pelo que tanto acreditamos e batalhamos toda manhã ao acordar! Contamos com todos vocês”, aponta outro trecho.
 
A empresa Importadora e Exportadora Jardim Cuiabá Ltda, que deve reassumir a gestão do Hospital Jardim Cuiabá após a rescisão do contrato de arrendamento com a atual gestora, afirmou que não haverá demissão em massa e também que nenhum dos mais de seis mil pacientes e usuários serão prejudicados. A empresa afirmou que tem condições de reassumir a gestão e possui os documentos necessários para o funcionamento regular.
 
Ao final da nota a empresa ainda repudiou a atitude da atual gestão, que teria “deturpado de forma pública e irresponsável a realidade dos fatos”.

Veja a corrente que está sendo disseminada por funcionários:

Queridos amigos e colaboradores do HJC nesse momento difícil não podemos esmerecer, desanimar e nem desistir. 

Devemos nos unir em prol do interesse comum que é a saúde e sobrevivência da instituição Jardim Cuiabá.

Vamos apoiar e lutar pela permanência da atual diretoria, dessa forma estaremos também brigando pelos nossos interesses, pelos nossos empregos e pela continuidade de um serviço tão bem prestado a sociedade.

O HJC é um Hospital Acreditado porque nós colaboradores acreditamos nele e lutamos por isso todos os dias. 

Portanto não vamos desistir!

Eu sei que a noite é escura, mas também sei que logo ao amanhecer o sol volta a brilhar. Sejamos ainda mais otimistas que tudo vai dar certo.

Espalhem uma mensagem de apoio e otimismo aos demais colaboradores, dissipem o apoio maciço à atual gestão. 

Que sejamos multiplicadores de uma corrente do bem maior, o nosso hospital precisa de cada um de nós! O Dr Fares dá a vida por esse lugar! E Dr Arilson sempre acreditou em cada um de nós.

Agora é a nossa vez de acreditar no hospital.

Então, União é a palavra de ordem, pois juntos teremos a retribuição pelo que tanto ACREDITAMOS e batalhamos toda manhã ao acordar! Contamos com todos vocês!

Força, Fé e Coragem. 

#acreditamosnohjc


Leia a nota da atual gestão:
 
Em respeito aos nosso clientes, o Hospital Jardim Cuiabá vem a público esclarecer que uma liminar do Tribunal de Justiça determinou a rescisão antecipada do contrato de arrendamento, vigente há quinze anos e a devolução do imóvel em 30 dias.
 
O Hospital lamenta essa decisão pelos seguintes motivos: tem cumprido rigorosamente o contrato; acabara de receber uma certificação de qualidade, fruto do trabalho de 670 colaboradores, que agora têm seus empregos ameaçados; com a saída da empresa que hoje faz a gestão, o Hospital passa a operar somente com a estrutura e equipamentos arrendados em 2003, perdendo ainda todos os seus convênios, incluindo o MT Saúde, o alvará sanitário, a certificação de qualidade e o contrato com todos os seus fornecedores.
 
Entendemos que essa decisão traz inúmeros complicações e prejuízos aos prestadores e à sociedade, mas o Hospital Jardim Cuiabá se compromete a atender com a mesma qualidade até o dia 19 de abril, quando terá de cumprir a decisão.


Leia a nota da Importadora e Exportadora Jardim Cuiabá Ltda:

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