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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Médico envolvido em atropelamento disse que dormia na hora do acidente que matou verdureiro

Foto: Fabiana Mendes/ Olhar Direto

Médico envolvido em atropelamento disse que dormia na hora do acidente que matou verdureiro
Em depoimento concedido na tarde desta terça-feira (17) ao delegado Christian Cabral, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), o médico Aritony Alencar, que estava no Jeep Compass com sua esposa, a médica Letícia Bortolini, 35 anos, quando ela atropelou e matou o verdureiro Francisco Lucio Maia, 48 anos, na Avenida Miguel Sutil,  negou que tenha visto o acidente, pois estaria dormindo. Segundo ele, só ficou sabendo do que havia acontecido, quando a polícia chegou até a casa para prender sua esposa.


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Aritony compareceu às 13h40, na sede da Deletran, onde permaneceu por cerca de 2 horas depondo. Ao final, o médico e seus advogados foram confrontados pelas filhas da vítima, que o chamaram de assassino. Conforme o delegado, a oitiva acabou não trazendo “nada de relevante”, para as investigações. “Ele negou que tenha visto o acidente, que entrou no carro, pegou no sono e só quando chegou a casa é que ficou sabendo do ocorrido, quando a polícia chegou ao para prender a esposa”, disse.
 
Contudo, a hipótese de que o médico estava dormindo e por este motivo não prestou socorro à vítima será apurado. “Também [é preciso] apurar se ele viu o acidente e consentiu em não parar para prestar socorro ou se ele efetivamente estava dormindo, não sabia de nada e como consequência nada podia fazer”, explicou.
 
Ainda conforme o depoimento do médico, ele não chegou a ver Letícia consumindo bebida alcoólica, no entanto, horas antes do acidente, ela compartilhou três fotos no Instagram, onde aparece atrás de uma máquina de cerveja. Em outra foto, também é possível ver um copo. Uma das filhas do verdureiro compartilhou as postagens no Facebook, que foram apagadas horas depois.  
 
Agora, as investigações prosseguem com intuito de ouvir testemunhas, que poderão apontar se ela consumiu algum tipo de bebida alcoólica.  Além disso, as imagens de câmeras de segurança, no entorno do acidente, poderão dar mais esclarecimentos sobre o fato.
 
“A gente não trabalha só com a ajuda dos culpados, a gente trabalha também com a ajuda de outras pessoas. Têm testemunhas, as filmagens e registro fotográfico do evento, e do trajeto que o veículo fez após o crime. Estamos desde o dia do fato tentando identificar essas outras provas para poder clarear. Tanto para poder acabar com essa discussão, se era ela ou ele que estava dirigindo, apesar de não haver nada que aponte que não fosse ela, mas como a dúvida surgiu, nós vamos trabalhar com essa análise”.
 
O caso
 
Um homem de 48 anos identificado como Francisco Lucio Maia, 48, morreu na noite deste sábado (14), após ser atropelado pela médica Letícia Bortolini, 35, na Avenida Miguel Sutil, região do bairro Cidade Verde, em Cuiabá. Letícia estava em um Jeep Compass, com o marido, e ambos fugiram sem prestar socorro à vítima. Na mesma noite, ela acabou sendo presa e encaminhada ao Cisc Planalto. No entanto, Letícia foi solta ontem (16) após o desembargador Orlando Perri conceder habeas corpus.
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