O ex-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT) Eduardo Moura, alvo da operação da Delegacia Fazendária que investiga fraudes na concessão de transportes, esteve na sede da Defaz na manhã desta quarta-feira (25) e disse "estranhar" ser investigado exatamente um dia após assinar a carta de manifesto de ex-aliados do governador Pedro Taques (PSDB) contra a reeleição.
“Assumi a Ager em 2016, durante minha gestão não dei nenhuma concessão, pelo contrário, cortei algumas. Então não entendo o que estou fazendo neste processo. Se é reflexo de uma carta que eu assinei ontem, não sei. É o estilo Pedro Taques de fazer política. Espero que não seja”, disse à imprensa.
Moura esteve no governo por dois anos e foi um dos 31 ex-aliados que assinaram a carta-manifesto elencando os motivos de terem rompido com Taques. Sua residência foi alvo de busca e apreensão durante a operação da Defaz nesta manhã.
O ex-presidente da Ager disse que estava em São Paulo, embarcando para Cuiabá, quando tomou conhecimento de que a Defaz cumpria um mandado de busca e apreensão em sua residência. Ele afirma que nada foi levado.
A delegada Maria Alice Amorim, titular da Defaz, explicou que “ele não tem prisão decretada. Havia um mandado expedido para busca e apreensão do celular. Ele veio até aqui, apresentou o aparelho e foi embora. A oitiva dele acontecerá após a análise dos documentos. As pessoas que tiveram busca, serão ouvidas somente após as provas serem analisadas”.
"Até onde eu sei este contrato prorrogou as concessões de transporte. Alega-se que o ex-governador Silval Barbosa teria recebido R$ 6 milhões. Quando o governador Pedro Taques assumiu, já em agosto de 2015 este decreto foi revogado, portanto não foram prorrogadas as concessões. Iniciou-se o processo de leilão de concessões de transporte intermunicipal, já aconteceu o primeiro e está acontecendo o segundo", explicou.
Manifesto
Mais de 30 ex-aliados do governador Pedro Taques (PSDB) assinaram manifestação pública contrária ao projeto de reeleição do tucano. “Porque não apoiaremos a reeleição de Pedro Taques” é assinado por lideranças políticas como o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), Mauro Mendes, ex prefeito de Cuiabá e ex coordenador de campanha de 2014, Otaviano Pivetta, ex prefeito de Lucas do Rio Verde e ex coordenador geral da campanha de 2014, a ex-secretária do Gabinete de Combate à Corrupção Adriana Vandoni e Aldo Locateli, apoiador e financiador das campanhas de 2010 e 2014.
A rejeição a Pedro Taques é justificada por tópicos que incluem caos na Saúde, não cumprimento de promessas de campanha, ineficiência na gestão, mentiras, problemas financeiros do Estado e escândalos e indícios de corrupção.
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