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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Defaz cumpre nove mandados de prisão contra empresários na segunda fase da 'Crédito Podre'

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto/Ilustração

Defaz cumpre nove mandados de prisão contra empresários na segunda fase da 'Crédito Podre'
A Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (03), a segunda fase da 'Operação Crédito Podre'. Conforme o apurado pela reportagem, são cumpridos nove mandados de prisão. Os alvos seriam empresários de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonopolis e outras cidades do Estado. O valor sonegado pelos alvos da investigação seria de R$ 143 milhões.


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Conforme o apurado inicialmente pelo Olhar Direto, os nove alvos seriam as mesmas pessoas que foram presas durante a primeira fase da operação, ocorrido em dezembro de 2017. Vale lembrar que em fevereiro deste ano, a juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, havia soltado nove pessoas.

Entre os que tiveram a prisão revogada à época estavam: Neusa Lagemann De Campos, Jean Carlos Lara, Diego De Jesus Da Conceição, Marcelo Medina, Theo Marlon Medina, Cloves Conceição Silva, Paulo Henrique Alves Ferreira, Rinaldo Batista Ferreira Júnior e Rogério Rocha Delmindo.

A reportagem também apurou que são cumpridas apenas ordens de prisão. Não há nenhuma busca e apreensão. Os presos devem ser encaminhados para a sede da Defaz.

As ordens são cumpridos em: Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Sorriso, Campo Verde e Várzea Grande. Os presos serão encaminhados para a cidade de Cuiabá, onde passarão por audiência de custódia na 7ª Vara Criminal. 

As investigações da Polícia Judiciária Civil, desenvolvidas em conjunto com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), levantaram que mais de 1 bilhão em grãos saíram do Estado de Mato Grosso, sem o devido recolhimento do ICMS, deixando prejuízo estimado em R$ 143 milhões, entre os anos de 2012 a 2017.
 
O esquema foi descoberto nas investigações da operação "Crédito Podre", deflagrada em dezembro do ano passado, pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). 

O montante de dinheiro que o Estado deixou de arrecadar, no esquema que envolveu 30 empresas de fachadas ou fantasmas, constituídas com o objetivo de promover a  sonegação de impostos, poderia ser investidos na aquisição de 753 leitos de UTI;  938 viaturas policiais; construção de 72 escolas; e 1.400 casas populares.
 
"A organização criminosa, mediante a produção de documentos ideologicamente falsos constitui empresas de fachadas, posteriormente, promove a sonegação do ICMS, possibilitando que os integrantes desta robusta organização criminosa ofereçam ao mercado, mercadorias mais baratas, já que não recolhem o tributo incidente sobre a mercadoria", disse o delegado Sylvio do Vale Ferreira Júnior, que preside o inquérito policial iniciado em fevereiro de 2017.

Na primeira fase, 18 integrantes do esquema criminoso que sonegou mais de R$ 140 milhões em ICMS ao Estado de Mato Grosso foram indiciados no inquérito policial. Figuraram, à época, como réus: Kamil Costa de Paula, Evandro Teixeira de Rezende, Paulo Pereira da Silva, Diego de Jesus da Conceição, Marcelo Medina, Theo Marlon Medina, Cloves Conceição Silva, Paulo Henrique Alves Ferreira, Jean Carlos Lara, Rinaldo Batista Ferreira Júnior, Rogério Rocha Delmindo, Neusa Lagemann de Campos, Keila Catarina de Paula, Alysson de Souza Figueiredo, Wagner Florêncio Pimentel, Almir Cândido de Figueiredo, Rivaldo Alves da Cunha e Paulo Serafim da Silva.

Soltura negada

Em abril deste ano, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Reynaldo Soares da Fonseca, negou habeas corpus a Wagner Florencio Pimentel, acusado de liderar organização criminosa que sonegava impostos na venda interestadual de grãos. O réu pedia concessão de prisão domiciliar. Atualmente, ele cumpre prisão preventiva. 

Wagner foi denunciado pela suposta prática dos crimes de organização criminosa, falsificação do selo ou sinal público, falsidade ideológica, falsa identidade coação no curso do processo. Além dele, outras 17 pessoas também foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Atualizada às 07h11, 07h22, 07h38 e às 07h42. Mais informações em instantes.
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