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Terça-feira, 13 de agosto de 2024

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“Não nos iludimos achando que uma grande operação vai acabar com facções”, afirma chefe da GCCO

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

“Não nos iludimos achando que uma grande operação vai acabar com facções”, afirma chefe da GCCO
“Não nos iludimos achando que uma grande operação vai acabar com facções”. A avaliação é do delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana Souza, que concedeu entrevista exclusiva ao Olhar Direto. O chefe da unidade comentou sobre as ações desempenhadas e afirmou que o trabalho é constante contra os líderes das quadrilhas.


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Diogo trabalha há quatro anos da GCCO, mas completou apenas um ano no comando da unidade. Além de atuar em sequestros, nos últimos tempos a gerência tem enfrentado duramente facções criminosas como o Comando Vermelho (CV), que tem forte atuação no Estado.
 
“Sempre batemos na tecla de que o enfrentamento a organizações criminosas tem que ser constante e contundente. Não nos iludimos achando que uma grande operação vai resolver os problemas aqui”, avaliou o delegado.
 
Confira abaixo a entrevista com o delegado Diogo Santana:
 
Como combater as facções criminosas no Estado?
 
“Tenho quase quatro anos lotado na GCCO, mas no comando da unidade completou um ano. O diferencial que procuramos focar foi na inteligência. Achamos que todas as ações contra o crime organizado passam pelo serviço de inteligência. Você precisa fazer um levantamento cuidadoso a respeito das lideranças, como estão agindo, de onde estão partindo as ordens de cometimento de crime. Não descuidamos obviamente da parte operacional, que historicamente é muito forte e respeitado no Estado. Por isso é importante ter este equilíbrio.”
 
É possível acabar com estas organizações? Como fazer isto?
 
“Sempre batemos na tecla de que o enfrentamento a organizações criminosas tem que ser constante e contundente. Não nos iludimos achando que uma grande operação vai resolver os problemas aqui. Fazemos uma ação já pensando na outra. Precisamos atacar em várias frentes, procurando desarticular. Apreendendo armas, munições, entorpecentes.”
 
Qual a importância do serviço de inteligência neste trabalho?
 
“Posso garantir que muitas vezes no preventivo nosso serviço de inteligência consegue antecipar a ação dos criminosos. Quando sabemos que estão se articulando para iniciar uma ação, já deslocamos e pedimos apoio da Polícia Militar e unidades da Civil nas cidades.”
 
Não atrapalha na questão jurídica fazer a prisão antes do cometimento do crime?
 
“Ainda que muitas vezes não conseguimos prendê-los em flagrante, preferimos que o crime não seja cometido, para evitar risco de confronto ou possibilidade de fuga. Muitas vezes os pegamos com apetrechos, armas de fogo e eles acabam enquadrados nisto.”
 
Como evitar o recrutamento e o crescimento das organizações?
 
“Estamos constantemente monitorando as principais figuras das organizações e também quem está aqui fora. Estamos sempre trocando informações com outras agências. Iniciamos um trabalho de intercâmbio de informações com a Polícia Federal. Além disto, também há muito tempo fazemos o mesmo com o sistema penitenciário.”
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