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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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todo cuidado é pouco

Fogos de artifícios causaram 97 internações em Mato Grosso

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Fogos de artifícios causaram 97 internações em Mato Grosso
Nos últimos dez anos, o manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar de 97 pessoas no Estado, sendo que 40 apenas em Cuiabá. Os dados foram obtidos em um levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com as Sociedades Brasileiras de Cirurgia da Mão (SBCM) e de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), durante os anos de 2008 e 2017.


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Entre os municípios com maior número de acidentes estão Sorriso, Rondonópolis, Cáceres, Várzea Grande, Primavera do Leste, Barra do Garças e Lucas do Rio Verde. Na série analisada, o ano de 2014 foi o que registrou o maior número de acidentes. Naquele ano, o Brasil foi palco da Copa do Mundo, o que pode ter motivado o aumento no número de casos.
 
"É importante falarmos francamente sobre esse assunto e educar as próximas gerações. Não há fogos seguros para o manuseio de crianças, elas não devem manipular e nem ficar expostas a nenhum tipo de fogos, mesmo os de classificação livre. As crianças devem saber que fogos são perigosos e que só devem ser manipulados por adultos, seguindo instruções de segurança ou por profissionais. Essa postura é que reduzirá os acidentes de forma eficiente", afirma o presidente da SBCM, Milton Pignataro.     
 
Nas regiões Centro-Oeste e Norte, foram registrados, juntos, 26 óbitos. Além de mortes – aproximadamente dez a cada ano –, o uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas.
 
Perfil do acidentado
– Os homens representam a absoluta maioria dos registros no período analisado: 4.245 internações, número que representa 83% do total de casos. As mulheres representaram apenas 17% das ocorrências, com 853 internações.
 
"Quando se trata de fogos de artifício, todo cuidado é pouco. Além de sempre seguir as instruções do fabricante, nunca se deve carregar bombinhas nos bolsos, acender próximo ao rosto e é importante ainda evitar associar a brincadeira com fogos ao uso de bebida alcoólica. Não se deve deixar as crianças brincarem com os fogos. É importante lembrar que, além das mortes registradas por fogos de artifício, muitas pessoas ficam com sequelas para o resto da vida", orienta a presidente da SBOT, Patrícia Fucs.
 
Para não transformar as festividades em uma tragédia, o especialista também recomenda evitar que as crianças estejam expostas aos riscos das explosões. De acordo com os dados apurados pelo CFM, 39% das internações envolviam crianças e adolescentes de zero a 19 anos. Já entre os adultos de 20 a 49 anos, foram registradas 46% das internações no período.

Caso recente

Um jovem de 17 anos teve que amputar parte de dois dedos da mão esquerda após sofrer um acidente enquanto soltava bombinhas (número 8) na noite do último dia (31) de dezembro, durante a festa de réveillon, no bairro Jardim União, região norte de Cuiabá. O acidente teria acontecido por volta das 23 horas, portanto, pouco antes da virada para o ano novo.  A mãe da vítima se manifestou nas redes sociais e agradeceu o apoio que recebeu dos amigos. Ela ainda aproveitou para recomendar cuidados especiais com os filhos nesta época do ano.
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