Único secretário que permaneceu no atual governo desde a posse, em 2015, o titular da secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo Duarte disse ter desistido de tentar uma candidatura à Câmara Federal e decidido permanecer na pasta pela confiança, além do compromisso que tem com o governador Pedro Taques (PSDB), quem ele acredita que vai se reeleger.
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Duarte se filiou PSDB e chegou a flertar com uma possível pré-candidatura no início deste ano, mas recuou após conversa com a família e com o próprio governador, optando por permanecer no cargo de secretário para, segundo ele, dar continuidade aos projetos.
“É um conjunto de fatores. Primeiro é a sintonia que tenho com o governador que é muito grande. Existe uma confiança entre nós. O segundo ponto é que eu me dediquei e escolhi isso. Tem muitos secretários que saíram por vontade própria. Eu estabeleci isso como meta. A pasta é complexa e acho que uma saída minha fora de hora poderia causar uma descontinuidade nos programas”, disse, durante audiência pública para discutir concessões de aeroportos, na tarde desta terça-feira (19).
“Quando eu analisei minha saída, ponderei que muita coisa estava andando. Não poderia deixar Mato Grosso perder um programa como, por exemplo, este (aeroportos) de R$ 800 milhões. Nos próximos dias faremos o lançamento da concessão da rodoviária de Cuiabá, são R$ 30 milhões de investimento em um programa que vai transformá-la em um shopping. São muitos projetos importantes que precisavam ter continuidade. O governador entendeu isso e eu tenho me dedicado ao máximo para responder a expectativa dele”, afirmou.
Nomeado em 2015 pelo perfil técnico, o secretário também avalia que o gestor precisa mesclar a parte técnica com a política, e crê na reeleição de Pedro Taques pelos resultados apresentados em seu mandato.
“Acho que nós conseguimos provar que o bom técnico tem que ser político e o bom político tem que ser técnico. O cara que só pensa em política no sentido de voto, talvez tome medidas equivocadas, assim como o técnico que ficar só em planilha e Power Point também está errado. Nós conciliamos e acho que o ritmo vai ser o mesmo de entrega. É o meu jeito de trabalhar e acho que o governador vai ser reeleito em cima dos resultados que ele fez e não em cima de qualquer outra situação”, finalizou.