Considerado a “menina dos olhos” dos atuais gestores da Prefeitura de Cuiabá e do Governo do Estado, o novo Pronto-Socorro não deve resolver os problemas enfrentados na Saúde da Capital. A avaliação é do atual secretário de Saúde de Cuiabá, o médico Huark Douglas. De acordo com ele, a pior fase da ‘crise dos medicamentos’, a qual ele foi designado a resolver, foi superada. O médico agora já se prepara para deixar o comando da Pasta na próxima semana.
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“A questão dos medicamentos está nesse momento sendo superada, estamos atravessando isso. Mas as filas no PS não creio que acabem dentro de um período curto, porque a maior referência no Estado para o atendimento de urgência e emergência é aqui, além de ser ponto final para pacientes do Estado inteiro”, disse o secretário, em entrevista exclusiva ao
Olhar Direto.
Huark foi nomeado secretário de Saúde em março, quando Emanuel Pinheiro (MDB) enfrentava uma das maiores crises de sua gestão, até o momento. A ‘crise dos medicamentos’, como ficou conhecida, chegou a provocar a suspensão de atendimentos no Pronto-Socorro Municipal.
O prefeito deu a Huark a missão de resolver este problema pontual em até 120 dias e traçar metas para que o próximo secretário dê continuidade às ações implementadas na Secretaria neste período. O prazo acabou no dia 30 de junho e, portanto, com o atraso nas obras do novo Pronto-Socorro – que seria inaugurado em abril deste ano – o médico não deverá estar à frente da Pasta quando a unidade for inaugurada, em abril de 2019, conforme prevê a Prefeitura.
De saída da Secretaria, Huark prevê que as novas instalações não serão suficientes para resolver os problemas que ele encontrou. “Ele [novo Pronto-Socorro] deve amenizar, mas não deve resolver o problema, porque nós temos problemas em toda a capacidade instalada no Estado. Cuiabá, sendo capital, sofre mais porque tudo vem pra cá, porque faltam especialistas no interior. Então, o acesso para a alta complexidade, pelo menos 90% está em Cuiabá. Isso é um grande problema”.
A Proclin também se manifestou sobre a questão e nega um suposto vínculo entre
a empresa e o secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia.
Veja a íntegra da nota:
"Sobre as informações veiculadas nesta terça-feira (4) a respeito de um suposto vínculo entre esta empresa e o secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, a Proclin vem a público esclarecer que:
1) O secretário de Saúde não é o representante da empresa. A procuração que existe e utilizada por vereadores na CPI da Saúde é datada de 2015 e não foi utilizada pelo gestor desde muito antes dele ser confirmado na pasta;
2) Ao contrário do que afirmam alguns vereadores, a empresa não tem contrato com o Hospital São Benedito válido por cinco anos. Na verdade, a empresa venceu um processo licitatório, apresentando no momento da análise a melhor oferta de trabalho com o menor custo aos cofres públicos;
3) Os valores recebidos pela Proclin relativos a este contrato referem-se a serviços efetivamente prestados, cobrados conforme pactuado na licitação e auditado por órgãos de controle, que atestam a veracidade das informações prestadas;
4) A empresa lamenta o uso político de sua imagem, com a finalidade de atacar o atual secretário de Saúde e reafirma que há vários meses Huark Douglas Correia não representa a Proclin.
DIRETORIA PROCLIN"
