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Cabo a rabo

Wilson quer que ‘CPI dos Grampos’ investigue do MP ao Executivo e estima seis meses de trabalho

04 Ago 2018 - 08:24

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Wilson quer que ‘CPI dos Grampos’ investigue do MP ao Executivo e estima seis meses de trabalho
O deputado estadual, Wilson Santos (PSDB), quer que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos, caso instalada, investigue todos os poderes e não deixe ninguém de fora. Para ele, teriam que ser ouvidas pessoas do Ministério Público Estadual (MPE) ao Executivo. Além disto, estimou que os trabalhos devem durar seis meses e só terminariam na próxima legislatura.


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“Temos que adequar ao momento correto, oportuno. Tem que se estender a todos os poderes. Que possamos fazer uma investigação de cabo a rabo. Passando pelo MP, delegados de polícia, magistratura e executivo. Que seja uma CPI ampla, geral e irrestrita. Não vejo nenhum problema, assino e defendo a CPI desta forma”, comentou o deputado Wilson Santos.
 
Wilson ainda avalia que não há tempo para que a CPI dos Grampos seja instalada agora. Segundo o parlamentar, falta quórum permanente: “Imagina o deputado parar sua campanha para ficar cinco horas aqui na CPI. Isso não vai acontecer. A comissão é necessária, mas que seja desta forma que eu elenquei, que investigue todos”.
 
O tucano ainda defendeu que todos tem de ser chamados, incluindo o governador Pedro Taques (PSDB), apontado pelo cabo Gerson Corrêa como o dono dos grampos: “Tem que trazer todos”.
 
“Seria uma CPI que levaria no mínimo seis meses. Começaria nesta legislatura e retomaria em fevereiro. É uma CPI da instituição, não da legislatura, é permitido que aconteça desta forma. O cabo não apresentou provas. Falar é direito de todos. Cabe a quem acusa apresentar as provas”, acrescentou Wilson Santos.
 
Por fim, o parlamentar afirmou que: “acho que não atinge o governador [a denúncia do cabo Gerson], ele já respondeu sobre isso. É uma acusação requentada. Novidade seria se tivesse provas destas acusações. Se a oposição depender deste assunto para vencer as eleições, é muito pobre, pouco”.
 
Bomba na madrugada
 
A madrugada do dia 28 de julho teve início com uma bomba, principalmente nos bastidores da política. Isso porque o cabo Gerson resolveu confirmar a participação no esquema e confirmar a existência dos grampos ilegais em Mato Grosso. "Vim aqui hoje pra trazer a verdade real", afirmou Gerson, último ouvido desta madrugada.
 
O cabo citou o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques. Seria ele a pessoa responsável por bancar as interceptações que seriam feitas. Zaqueu teria ligado para Gerson informando que este se encontraria com alguém que dispostos a investir nas interceptações. Gerson foi com o coronel Evandro Lesco a um restaurante na estrada de Chapada, onde se encontrava Paulo Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB). Paulo teria mostrado disposição em arcar com as custas dos grampos que deveriam ser feitos. O grupo embolsou R$ 50 mil para comprar os primeiros equipamentos para as escutas.
 
O cabo Gerson acrescentou que o interesse da barriga de aluguel seria do governador Pedro Taques e do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques: "O interesse das barrigas de aluguel é do Paulo Taques e do governador".
 
Gerson Corrêa Júnior atuava no Gaeco e possuia o ‘know how’ na operação do Sistema Guardião de Interceptação Telefônica. Foi levado em 2015 para o Núcleo da Inteligência da Polícia Militar, na Casa Militar, época dos grampos. Continuou na Casa Militar até maio de 2017, quando teve prisão preventiva decretada por ter operado o esquema de interceptações telefônicas ilegais.
 
Os acusados desta ação penal militar são: Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros, Januário Batista e Gerson Correa Junior. Os cinco respondem pelos crimes de Ação Militar Ilícita, Falsificação de Documento, Falsidade Ideológica e Prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.
 
Outro lado
 
O Governo do Estado informa que o governador Pedro Taques determinou a apuração de todos os fatos relacionados às supostas escutas telefônicas clandestinas assim que a denúncia chegou ao conhecimento dele, em 2015, garantindo independência das Polícias Civil e Militar nas investigações.
 
O Governo do Estado ressalta ainda que o governador Pedro Taques solicitou ao Superior Tribunal de Justiça que ele próprio fosse investigado neste caso para comprovar, perante a Justiça, que não teve qualquer envolvimento nos fatos narrados por terceiros.
 
Já a assessoria de imprensa do ex-secretário Paulo Taques afirma que a defesa nega as acusações e que se pronunciará nos autos do processo.
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