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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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ELEIÇÕES 2018

Maioria dos deputados citados em delação de Silval Barbosa deixará Poder Legislativo; saiba quem são

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Maioria dos deputados citados em delação de Silval Barbosa deixará Poder Legislativo; saiba quem são
A delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, homologada em agosto do ano passado no Supremo Tribunal Federal (STF), provocou "rebuliço" em todo Estado e, por coincidência ou não, gerou reação nas eleições deste ano. Dos 16 deputados, entre estaduais e federais, que exercem mandato e que foram delatados por Silval, 11 ficarão de fora do Legislativo pelos próximos anos. Olhar Direto fez um apanhado de tudo o que o ex-governador disse sobre cada um deles.

 
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A delação de Silval Barbosa foi homologada no dia 09 de agosto de 2017, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. Entre pagamento de “mensalinho” a deputados, compra de Mesa Diretora e outras dezenas de esquemas ilegais, Silval movimentou uma quantia vultuosa que ultrapassa a casa dos bilhões. Posteriormente foram divulgadas gravações em que políticos e empresários aparecem recebendo dinheiro que seria proveniente, segundo o ex-governador, de propina.
 
Adalto de Freitas, “Daltinho” (Patriota)
 
De acordo com Silval Barbosa, o deputado Adalto de Freitas, o “Daltinho”, foi responsável por gravar algumas das reuniões, em 2012 ou 2013, em que os deputados discutiam “como eles iriam conseguir mais vantagens indevidas do Governo”.
 
“Tal reunião foi gravada pelo deputado Adalto de Freitas, vulgo Daltinho, que passou a chantagear os deputados estaduais da época, usando tal gravação para manter-se no mandato, pois ele era suplente na época”, afirmou Silval. Daltinho buscou uma cadeira na Câmara dos Deputados este ano, mas não se elegeu.
 
Baiano Filho (PSDB)
 
O deputado Baiano Filho foi um dos parlamentares que protagonizou os vídeos entregues por Silval Barbosa, como parte das provas do que foi delatado. Nas imagens, embora não apareça com dinheiro em mãos, o deputado reclama por não receber o pagamento de R$ 1,8 milhão, que segundo ele teria sido prometido pelo “presidente”.
 
“O presidente prometeu. Que tinha arrumado R$ 1,8 milhão. Dou conta não, cara. Eu preciso!”, diz o deputado ao então chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa, que responde: “Eu sei, mas não tem como”. “Mas ele falou lá ontem, pô. Esse povo não, não cumpre com o que fala?”, questiona Baiano Filho. O deputado desistiu de tentar reeleição.
 
Gilmar Fabris (PSD)
 
Gilmar Fabris, segundo Silval, também é um dos deputados que teria cobrado propina em troca de apoio à sua gestão. O parlamentar aparece em um dos vídeos entregues pelo ex-governador à Procuradoria-Geral da República questionando o valor da suposta propina.
 
Nas imagens, ele argumenta com Silvio Cezar Corrêa, que era responsável pelo pagamento de propina e outras vantagens indevidas a políticos, sobre os R$ 100 mil que seriam pagos a ele. Gilmar Fabris não foi eleito por conta de um impedimento na Justiça Eleitoral. Ele aguarda julgamento do Tribunal Superior Eleitoral sobre o caso. Por ora, seus votos estão suspensos e sua vaga será ocupada pelo deputado Allan Kardec (PDT).

José Domingos Fraga (PSD)

O deputado José Domingos Fraga (PSD) aparece em um dos vídeos entregues por Silval, contando dinheiro e colocando as notas em uma caixa de papelão. Nas imagens, Zé Domingos discute com o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) a forma mais eficiente de guardar propina. Eles chegam a pensar na hipótese de esconder os bolos de dinheiro na meia. Zé Domingos não tentou reeleição.

Mauro Savi (DEM)

Além de ter supostamente recebido o “mensalinho” revelado por Silval Barbosa, Mauro Savi (PSB) também teria, segundo o ex-governador, articulado ao lado de José Riva e do deputado Romoaldo Júnior (PMDB) a compra de deputados para garantir a formação da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso em 2002 e em 2014. Mauro Savi não se reelegeu.
 
Oscar Bezerra (PV)
 
O deputado estadual Oscar Bezerra foi acusado de cobrar R$ 15 milhões em propina para não responsabilizar o peemedebista pelos problemas descobertos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa.
 
De acordo com a delação, em 2015, quando a CPI presidida por Oscar foi criada, o ex-prefeito de Nobres, Devair Valim, procurou Silval em nome do deputado estadual para fazer o primeiro contato. Na ocasião foi aventado o valor de R$ 15 milhões. Em outra ocasião, Silval e Oscar teriam se encontrado pessoalmente no estacionamento de um supermercado para finalizar as tratativas.
 
Nesse encontro, ambos teriam fechado um acordo no valor de R$ 10 milhões. Oscar então teria passado uma conta de uma factoring, na qual Silval chegou a fazer um depósito de R$ 200 mil. Contudo, pouco depois o ex-governador foi preso e não conseguiu continuar os pagamentos. Oscar Bezerra também não se reelegeu.
 
Pedro Satélite (PSD)
 
O deputado Pedro Satélite, além de estar na lista dos deputados que recebiam “mensalinho”, foi delatado pelo ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa. Silvio relatou que o ex-governador Silval Barbosa pediu a um empresário conhecido como “Sr. Pampa” que doasse R$ 500 mil para a campanha do deputado Pedro Satélite, que acabou eleito. Pedro Satélite não se reelegeu.
 
Romoaldo Júnior (MDB)
 
Na delação, Silval disse que Romoaldo Junior recebeu propina da Canal Livre Comércios e Serviços, empresa responsável pela iluminação da Arena Pantanal. Parte do dinheiro, cerca de R$ 200 mil a R$ 300 mil, era repassado pelo deputado ao ex-governador. De acordo com Silval, o dinheiro seria usado para pagar dívidas e bancar campanhas eleitorais.
 
Romoaldo, que foi líder do governo Silval e presidente da Assembleia Legislativa, aparece inúmeras vezes na delação do ex-governador e, além de ter sido supostamente beneficiado pelos esquemas fraudulentos, teria intermediado reuniões entre Silval e outros políticos. Romoaldo perdeu nas urnas.
 
Silvano Amaral (MDB)
 
Silvano Amaral, que segundo Silval Barbosa chegou a visita-lo no Centro de Custódia da Capital (CCC) no final de 2015, teria tentado extorqui-lo para aprovar as contas do seu último ano de governo a frente do Palácio Paiaguás. O deputado também não conseguiu se reeleger.
 
Wagner Ramos (PSD)
 
O deputado estadual Wagner Ramos aparece negociando valor de propina com Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa, para os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa do Mundo, Oscar Bezerra, Silvano Amaral, Mauro Savi e Dilmar Dal’Bosco.
 
A gravação ocorre no escritório de Rodrigo e foi divulgada pelo jornal Estado de São Paulo, o “Estadão”. De acordo com a delação premiada de Silval Barbosa, o pagamento serviria para os deputados “aliviarem” para o ex-governador nas investigações. Wagner Ramos também perdeu nas urnas.

Ezequiel Fonseca (PP)

O deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) é um dos parlamentares que aparece no vídeo em que deputados supostamente recebiam “mensalinho” do ex-governador. Na gravação em questão, o progressista aparece logo após José Domingos Fraga colocar maços de dinheiro em uma caixa de papelão. Embora apareça nas imagens, Ezequiel não manuseia os valores. Fonseca tentou reeleição, mas também não se elegeu.
 
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