A vigilância sanitária de Cuiabá esteve na Casa de Carne Zé Cupim II, para fiscalizar a procedência da carne do estabelecimento, que se viu envolto em uma polêmica na última quarta-feira (10), quando uma imagem com os produtos sendo descarregados do porta-malas de um carro 'viralizou' nas redes sociais. Ao Olhar Direto, ainda ontem, o proprietário Francisco Jucenilson da Silva Souza disse que o caminhão que levaria os produtos estragou e para não perdê-los resolveu buscá-los com o seu veículo de passeio.
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Durante a fiscalização da vigilância sanitária, constatou-se que a carne relatada na denúncia possuia carimbo de inspeção federal, nota fiscal de procedência, apresentava características (cor, odor e textura) em conformidade com o que é pedido.
O proprietário relatou o mesmo que disse ao
Olhar Direto, sobre o caminhão do transporte ter quebrado. Ainda durante a mesma inspeção, foram constatada algumas irregularidades no local e - por conta disto - foi dado um prazo para que o estabelecimento se adeque. Além disto, o dono da casa de carnes recebeu orientações sobre as condições de transporte, armazenamento e exposiçaõ dos produtos.
O prazo para que o dono regularize os pontos indicados é de 30 dias. O não cumprimento do mesmo, irá acarretar em aplicações de penalidades previstas na legislação.
Palavra do dono
“O caminhão estava vindo trazer a mercadoria e estragou no meio do caminho. O cara me ligou e para a carne não perder temperatura, fui buscar. Cheguei aqui, descarreguei a carne. Não é um jeito certo de transportar, mas para não perder a qualidade do meu produto, tive que ir buscar, forrei o porta-malas. Tenho nota de tudo”, disse o proprietário ao
Olhar Direto.
Francisco ainda argumenta que “não acreditava nesse negócio de ‘fake news’ e me acontece isso. A pessoa tem que, antes de fazer uma denúncia destas, verificar o que está acontecendo. Olha minhas carnes aqui, são todas frescas, bonitas. Comecei a receber um monte de ligações. Os impostos que eu pago, ninguém vem aqui divulgar. É muita coisa, demorei 50 dias para colocar isso aqui tudo em ordem, com alvará e tudo. As fiscalizações aqui são constantes”.
Por fim, o proprietário comentou sobre a repercussão “teve um programa de TV ao vivo hoje que não tiveram o trabalho de perguntar para mim e já soltaram dizendo que a gente estava errado. Eu tive que ligar lá para tentar amenizar o prejuízo que me causaram. Tenho as notas de tudo, do gado que eu compro. Trabalhamos com volume, temos duas casas de carne. Só aqui, são quatro funcionários que dependem disso”.