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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Professores do Instituto Federal e UFMT pedem voto para Haddad e alertam sobre 'riscos' de Bolsonaro

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Professores do Instituto Federal e UFMT pedem voto para Haddad e alertam sobre 'riscos' de Bolsonaro
Professores e técnicos administrativos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se manifestaram sobre o que classificam como 'perigos' existentes na candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) para educação brasileira. Os servidores alegam que são a favor de mais recursos para os órgãos, da liberdade de pensamento e do crescimento da ciência e da pesquisa nacional. Ao todo, 284 profissionais assinaram o manifesto.


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Segundo o posicionamento dos professores e técnicos que assinaram o documento, atualmente as Instituições Federais de Ensino (Universidades e Institutos) estão entre as melhores unidades educacionais do país, seja na oferta dos cursos de ensino médio integrado ao profissional, das graduações e das pós-graduações.
 
Nelas estão a grande maioria dos pesquisadores e extensionistas que garantem mais de 90% da produção científica e tecnológica no Brasil e contribuem para alavancar o desenvolvimento econômico, social e cultural em várias regiões. Em Mato Grosso, existem mais de 54 mil estudantes matriculados nas instituições federais.

Apesar de a Educação Federal ser referência em qualidade, os cortes advindos da Emenda Constitucional nº 95, aprovada no Governo Temer (MDB), limita gastos públicos nos próximos 20 anos, incluindo saúde e educação. A nota aponta que também houve a extinção de vários cargos de servidores públicos (técnicos-administrativos) através do Decreto nº 9.262/2018, que está limita a expansão e o funcionamento de várias unidades educacionais.
 
Conforme os servidores, tais medidas, nefastas para educação brasileira, foram apoiadas pelo então deputado federal Jair Bolsonaro e estão referendadas, em seu programa de governo na condição de candidato à presidente.
 
Os professores que se manifestaram sustentam que no programa de governo do candidato Bolsonaro há a afirmativa de que o problema da educação não é por falta de recursos e pela Emenda Constitucional nº 95, mas sim de gestão. Isso, de acordo com assessoria de imprensa, ataca o conjunto do funcionalismo público e desconsidera a excelência educacional.

“Nem todos os educadores que assinam essa nota são eleitores orgânicos do Partido dos Trabalhadores (PT) e muitos foram/são críticos dos governos de Lula e Dilma. Todavia sabemos que o outro presidenciável, Fernando Haddad, é professor e foi Ministro da Educação por quase sete anos, período de expansão das Universidades Federais e da criação dos Institutos Federais. O total de estudantes da UFMT praticamente dobrou e o IFMT sextuplicou a oferta de vagas na educação profissional”, diz trecho da nota enviada à imprensa.

Confira a nota na íntegra: 

A educação brasileira precisa de financiamento público, autonomia e de mais profissionais;
Educação não é mercadoria e não pode ser privatizada!
Jair bolsonaro não representa nossos interesses!

Nós, abaixo-assinados, somos professores e técnicos administrativos da Educação do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e queremos manifestar ao povo de Mato Grosso a nossa posição frente ao processo eleitoral presidencial e sobre os perigos existentes na candidatura de Jair Bolsonaro para educação brasileira.

Atualmente as Instituições Federais de Ensino (Universidades e Institutos) estão entre as melhores unidades educacionais do nosso país, seja na oferta dos cursos de ensino médio integrado ao profissional, das graduações e das pós-graduações. Nelas estão a grande maioria dos pesquisadores e extensionistas que garantem mais de 90% da produção científica e tecnológica no Brasil, contribuindo na promoção de nossa soberania e para alavancar o desenvolvimento econômico, social e cultural em várias regiões. Seguindo esse patamar positivo de qualidade educacional estão IFMT e a UFMT, esparramados em todos os cantos de Mato Grosso com seus mais de 54 mil estudantes.

Apesar de a Educação Federal ser referência em qualidade, já estamos sofrendo com os cortes advindos da Emenda Constitucional nº 95 aprovada no Governo Temer (MDB) que limita gastos públicos nos próximos 20 anos – incluindo saúde e educação –, no mesmo caminho houve a extinção de vários cargos de servidores públicos (técnicos-administrativos) através do Decreto nº 9.262/2018, o que está limitando a expansão e o funcionamento de várias unidades educacionais. Tais medidas, nefastas para educação brasileira, foram apoiadas pelo então Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP/PSL) e, estão referendadas, em seu programa de governo na condição de candidato à Presidente.

Em seu programa de governo, disponível na internet, Bolsonaro afirma que o problema da educação não é por falta de recursos e pela famigerada Emenda Constitucional nº 95, mas sim de gestão, atacando o conjunto do funcionalismo público e desconsiderando nossa excelência educacional. Sem apreço na liberdade intelectual e na difusão do conhecimento, o presidenciável condena os educadores brasileiros como doutrinadores e promete cercear certas linhas do pensamento crítico (incluindo determinadas disciplinas), citando diretamente o pensador brasileiro Paulo Freire que é referência internacional no campo educacional.

Radicalizando suas posições esdrúxulas sobre educação, no transcorrer da campanha, Bolsonaro defendeu em espaços públicos e em debates o avanço do ensino a distância sobre o ensino presencial na educação básica (nível fundamental e médio) no intuito de reduzir gastos com servidores e evitar a “doutrinação” e, contraditoriamente, apontou a educação militarizada como modelo exemplar. Para ameaçar a educação pública, seu assessor econômico Paulo Guedes, defende a privatização de tudo que é público, incluindo a educação, pensamento que também é defendido pelo seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL) que também é Deputado Federal. 

Nem todos os educadores que assinam essa nota são eleitores orgânicos do Partido dos Trabalhadores (PT) e muitos foram/são críticos dos governos de Lula e Dilma. Todavia sabemos que o outro presidenciável, Fernando Haddad, é professor e foi Ministro da Educação por quase sete anos, período de expansão das Universidades Federais e da criação dos Institutos Federais. O total de estudantes da UFMT praticamente dobrou e o IFMT sextuplicou a oferta de vagas na educação profissional. Independente dos nossos diversos posicionamentos, NÓS, EDUCADORES SUBSCRITOS, PEDIMOS SEU VOTO E SEU APOIO A FAVOR DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E GRATUITA, A FAVOR DE MAIS RECURSOS PARA AS UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS, A FAVOR DA LIBERDADE DE PENSAMENTO, A FAVOR DO CRESCIMENTO DA CIÊNCIA E DA PESQUISA NACIONAL. NO DIA 28 DE OUTUBRO:

13 FERNANDO HADDAD – PRESIDENTE!
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