Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Política MT

Delator

Auto-intitulado ‘amigo’ do governador, Malouf não teve ajuda de Taques para receber indenização

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Auto-intitulado ‘amigo’ do governador, Malouf não teve ajuda de Taques para receber indenização
Lutando na justiça contra o Estado desde o ano 2000 em uma Ação Ordinária de Indenização por Perdas e Danos e Lucros Cessantes, por conta de uma terra de aproximadamente 10 mil hectares na reserva indígena Xavante, em Barra do Garças, a família do empresário Alan Malouf não teve nenhum tipo de ajuda do governador Pedro Taques (PSDB) para receber o valor de aproximadamente R$ 150 milhões, mesmo com as declarações do empresário de que era muito próximo e tinha ‘negócios’ com o chefe do Executivo em sua delação premiada.


Leia também
Em defesa de Taques, Wilson Santos traça linha do tempo para rebater delação de Alan Malouf


Nos últimos 18 anos, a família do empresário tenta receber o valor e o próprio Alan Malouf chegou de se reunir com o governador Pedro Taques para tratar do pagamento do valor, porém não teve nenhum benefício e a indenização até hoje não foi paga.

Nos depoimentos concedidos por Malouf no acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF), o empresário relatou que tinha uma grande amizade com Pedro Taques e trabalhou como tesoureiro em sua campanha para o Governo em 2014, sendo responsável pela obtenção de doações não contabilizadas, mediante arregimentação de empresário, assegurando ‘retorno’ após vitória.

Em um de seus depoimentos, o empresário revelou que esteve reunido tanto com o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, durante a gestão Silval Barbosa e com o ex-procurador-geral do Estado Patrick Ayala durante a atual gestão para receber a indenização milionária, porém acabou não aceitando o acordo proposto por nenhum dos dois por que ‘Chico Lima’ queria propina e Ayala disse que pagaria somente 50% do valor.

“Este processo vem se estendendo até hoje, quero deixar claro que não existe precatório. O que houve na gestão Silval Barbosa é que tive uma reunião, expliquei a situação para ver se era possível o pagamento... O procurador Francisco Lima me falou que dava para turbinar o valor, mas eles queriam o retorno de 50%. Falei para ele que para nós não interessava”, disse o delator.

“Conversei com o doutor Patrick, na época procurador-geral do Estado. O Pedro também sabe este assunto, me disse que eu poderia ir conversar com o doutor Patrick e eu fui. Ele me falou que o que dava para fazer era o precatório de R$ 90 a R$ 100 milhões, só que ele me propôs pagar somente 50%”, afirmou.

O processo que tramita na Quinta Vara Especializada da Fazenda Pública confirma que a Procuradoria-Geral do Estado embargou o pagamento que até o momento não foi feito à família Malouf.

De acordo o processo, o Estado não concordou com o quanto o indenizável pretendido pela família Malouf e os embargos ocorridos no ano de 2015 resistiu ao pagamento da parte incontroversa.

No início desta semana, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) citou o caso durante sessão na Assembleia Legislativa, dizendo que Malouf procurou Taques para fazer tratativas para receber a indenização e que sua única ação foi encaminhar o caso para a PGE analisar de forma isenta.

“Quando o governador Pedro Taques assumiu o empresário o procurou e cobrou para que fizesse as tratativas necessárias e pagasse essa indenização. Taques como de costume encaminhou o assunto à Procuradoria-Geral do Estado, à época dirigida pelo procurador de carreira Patrick Ayala, que simplesmente embargou o pagamento que não foi feito até hoje”, explicou o parlamentar.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet