O vice-governador eleito, Otaviano Pivetta (PDT), evitou qualquer tipo de atrito com o deputado estadual, Zeca Viana, que é presidente da sigla em Mato Grosso e afirmou ao Olhar Direto que tem total confiança de Mauro Mendes (DEM) para seguir no governo nos próximos quatro anos. Em entrevista à Capital FM, na última quinta-feira (22), o parlamentar disse ter sentido “certo desânimo” dele.

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“Tenho o mesmo entusiasmo e confiança do dia em que aceitei formar chapa com o Mauro para servir Mato Grosso. O Mauro me convidou publicamente na convenção do PDT, afirmando que precisava de mim como parceiro para fazer um governo eficiente”, explicou o vice-governador eleito em entrevista ao Olhar Direto.
 
Zeca Viana afirmou na quinta-feira que “vejo certo desânimo no Pivetta. Ele é uma pessoa que tem um conhecimento administrativo fantástico, tem uma seriedade indiscutível e está ficando sozinho. E ele não gosta disso. Se ele vir que não está sendo aproveitado, pode haver um descontentamento, ficar uma situação desconfortável com o governador”.
 
Questionado sobre o porque da fala, Pivetta apenas limitou-se a dizer que “o desânimo, talvez, seja a impressão do meu amigo Zeca”.
 
O caso
 
O “bilhete” publicado pelo vice-governador eleito, Otaviano Pivetta (PDT), continua dando o que falar dentro do grupo do governador também eleito Mauro Mendes (DEM). Depois de o ex-governador Júlio Campos (DEM) dizer que “lamentava” não poder indicar cargos no próximo Governo, foi a vez do presidente regional do PDT, deputado Zeca Viana, reagir negativamente à determinação do democrata. De acordo com Viana, Mauro precisa ser receptivo às ideias e ao conhecimento de Pivetta, do contrário, poderá incorrer no mesmo “erro” de Pedro Taques (PSDB) e perder seus aliados.
 
Pivetta foi coordenador da campanha de Pedro Taques em 2014, mas, assim como Mauro Mendes, rompeu com o tucano, sob a alegação de que suas opiniões não eram discutidas dentro do Governo.
 
Um dos pontos altos deste ano, inclusive, foi a divulgação de um manifesto em que Pivetta, Mendes e outros 29 aliados se colocavam contra a reeleição de Taques. O documento citava “vaidades, intrigas e brigas” como justificativa para o rompimento do grupo. A carta também foi assinada por Zeca Viana.
 
O bilhete
 
Em suas redes sociais, Pivetta publicou uma foto afirmando que somente o governador eleito, Mauro Mendes, seria responsável por indicar cargos comissionados na próxima gestão. “Não me peçam emprego”, diz Pivetta, no início do bilhete, em letras garrafais.
 
“Eu não indico, nem irei nomear pessoas no Governo. Foi a vontade de Deus e do povo que elegeu Mauro e Otaviano para mudar Mato Grosso. A 1ª atitude nossa será extinguir essa prática que privilegia alguns em prejuízo de quase todos”, acrescentou.