A dívida do Governo do Estado com os Poderes e órgãos autônomos, segundo o governador eleito Mauro Mendes (DEM), se aproxima da casa do bilhão. Mesmo assim, os chefes dos Tribunais de Justiça e de Contas, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado intercederam junto ao presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), para que haja aumento no repasse do duodécimo a partir de 2019. Mendes, no entanto, frustrou as expectativas das instituições e adiantou que não há qualquer possibilidade de incremento.

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“Temos um déficit programado de R$ 1,5 bilhão. Todo aumento sobe mais o déficit. Sobe para R$ 1,6 bilhão, para R$ 1,7 bilhão, pode chegar a R$ 10 bilhões se quiser, sem problema nenhum. Agora, não tem dinheiro, o orçamento mostra isso. O que estou falando está ancorado na verdade. Se alguém mostrar diferente tem que vir para o jogo e para mesa. Hoje nós não temos condições de aumentar absolutamente nada de ninguém”, disse Mauro Mendes, nesta quarta-feira (05), após reunião com os deputados da atual gestão.

A principal agenda do encontro com os parlamentares foi a formatação do orçamento para o próximo ano. Conforme dados apresentados por Mauro Mendes, Pedro Taques (PSDB) irá lhe entregar o Estado com um rombo de quase R$ 1,9 bilhão.

Segundo o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA), a ser encaminhado pelo Executivo nos próximos dias para aprovação da Assembleia Legislativa, a estimativa é que o Estado também fique no vermelho em 2019, caso não sejam realizados cortes nem haja incremento de receita.

“Todos os Poderes precisam fazer o que eu farei no Executivo que é cortar, dar sua contribuição para Mato Grosso”, enfatizou Mauro Mendes.