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Sábado, 20 de abril de 2024

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Virada do ano será de trabalho e oportunidade de renda extra; conheça histórias

Foto: Olhar Direto

Virada do ano será de trabalho e oportunidade de renda extra; conheça histórias
Com a tradicional queima de fogos e uma grande concentração de pessoas, a região da Praça 8 de Abril, em Cuiabá, é o ponto de encontro de muitos cuiabanos para brindar a chegada de 2019. O local concentra restaurantes, farmácias, postos de combustíveis, conveniência e pontos de taxis. O Olhar Direto conversou com alguns profissionais que irão trabalhar na noite do Réveillon para saber quais são as expectativas para o último dia do ano.


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O motorista de aplicativo Nailson Moura, de 24 anos veio de Sorriso para Cuiabá acompanhar a esposa que começou a fazer faculdade, ele trabalhava como pedreiro mas viu no serviço de motorista uma possibilidade de ganhar uma renda melhor, “final de ano as obras param, o pessoal fica sem dinheiro pra continuar e acaba dispensando o serviço de pedreiro, no dia 31 eu vou trabalhar como motorista, é uma chance a mais de ganhar uma renda extra”, completa.

O gerente de uma farmácia na região da Praça 8 de abril, Késio Carlos, de 43 anos, conta que a noite do réveillon geralmente é tranquila, “as pessoas querem se divertir, a farmácia fecha sempre às 00h30 mas no ultimo dia do ano fechamos ás 22h para poder curtir com a família, no primeiro dia do ano nós abrimos a 8h e vemos que a noite foi boa porque o que mais vendemos é remédio para curar ressaca”, brinca.



O gerente do tradicional restaurante Choppão Pedro Carlos da Penha, conta que há duas décadas acompanha de perto a festa de réveillon do Choppão, “trabalho aqui há 20 anos e sou gerente há 10 anos, é um movimento grande durante todo o dia, mas principalmente à noite. É o único dia no ano que colocamos música ao vivo, servimos além do cardápio tradicional da casa, um especial para o Réveillon, não fazemos reserva porque não é justo com quem já conhece o estabelecimento e sabe que é só chegar aqui que será atendido, no máximo enfrentam uma fila de espera, mas havendo mesa vaga a gente sempre atende rápido”, conta.

Pedro ainda avalia a mudança na noite cuiabana, “os jovens de hoje em dia são diferentes, não sei se é por causa da lei seca, da violência ou pela grande oferta de fast food, mas antigamente as pessoas amanheciam aqui no Choppão, iam embora perto das 10h, hoje ficam no máximo até por volta das 1h30, antes as pessoas vinham aqui para finalizar a noite com o nosso escaldado, agora saem de casa só para vim jantar e vão embora”, lamenta.

Para os taxistas que trabalham no ponto da praça a noite será de muito trabalho. Matos é taxista há 21 anos e conta que no Natal ele passa com a família, mas no réveillon ele sempre trabalha, “é um serviço que ganhamos muito pouco, temos muitos descontos, então para sobreviver nesse meio tem que se dedicar. Muitas vezes preferimos ficar com a família por ganhar tão pouco, mas temos que trabalhar pra colocar as coisas dentro de casa”, afirma.



Matos avalia a situação atual com tristeza, “nós fazemos tantos cursos, temos que ter autorização para dirigir o taxi e vemos hoje pessoas que usam de aplicativo como bico, nem eles ganham muito, é uma concorrência desleal”. Ele trabalha a cinco anos no ponto de taxi da Praça 8 de Abril, mas conta que a maioria das corridas são pedidas via rádio, “as vezes o cliente está aqui perto, mas liga na central e eles passam para gente”, finaliza.

Motorista de taxi a quatro anos, Naldeni Pires conta que durante esses anos já presenciou muitas situações curiosas, “hoje mesmo eu peguei um senhor de idade que pediu que o levasse na Caixa Econômica, chegando lá ele pediu que eu entrasse com ele no banco, ele foi apoiando no meu ombro, lá dentro ele passou o cartão pra mim, me falou a senha e pediu que eu verificasse pra ele se tinha caído o benefício na conta, quando eu olhei na conta tinha R$ 2.250, ele pediu que eu sacasse tudo e guardasse no meu bolso. Levei ele de volta pra casa e quando eu devolvi o dinheiro ele me disse que não queria nem saber o valor da corrida, tirou R$ 100 e me deu”, conta emocionado.

Para Naldeni esse é o maior diferencial do taxista, essa relação de confiança que ele estabelece com os clientes, “tenho clientes que a anos só pegam corrida comigo, a maioria são senhoras de idade que confiam em mim”, afirma.

Para o motorista de aplicativo, Elmo Reis, de 63 anos, o serviço na ultima semana do ano rende bastante, “essa semana mesmo o aplicativo está uma promoção para nós que somos motorista, ele está pagando um percentual a mais em cada corrida, é uma forma de derrubar a concorrência e trazer de volta os motoristas que saíram do aplicativo”. Elmo conta que como os filhos já são adultos, eles não passam mais o réveillon em casa, então aproveita para trabalhar na virada do ano porque sabe que terá chances de pegar muitas corridas e já começar 2019 com um reforço no orçamento.
 
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