O vereador de Cuiabá Abílio Junior, o Abilinho (PSC), causou tumulto na inauguração do novo Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC ) nesta sexta-feira (28). O parlamentar disse que o evento é uma fraude e que as obras do novo hospital ainda não foram concluídas. O prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (PSL), contestou e afirmou que as obras estão dentro do que foi planejado. Ele ainda disse que “tem vereadores que são uma farsa”.
 
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O vereador Abilinho fez uma live em seu perfil do Facebook, transmitida diretamente da inauguração do novo HPSMC na noite de ontem. Aos gritos de “farsa” e “ato ilegal” ele tumultuou o evento. Advertido de que não poderia entrar em um local restrito,o  parlamentar começou a correr. Em certo momento ele se senta ao chão e se recusa a sair do local. A situação foi acompanhada pelos jornalistas.
 
Rodeado pela imprensa e por seguranças, o parlamentar foi chamado de “louco” por populares e reclamou que é alvo de perseguição. 

Abilinho alega que está sendo infringida a lei municipal 6.012 de 10 de dezembro 2015, que proíbe a inauguração e a entrega de obras públicas incompletas ou que, apesar de concluídas, não estejam em condições de atender a população.
 
O prefeito Emanuel Pinheiro, no entanto, contestou as alegações do vereador. Segundo ele, todos os cronogramas estão sendo cumpridos e não há nada de irregular. Pinheiro ainda disse que alguns políticos são uma “farsa”.
 
“Tem vereadores que são uma farsa, tem políticos que são uma farsa, tem pessoas que são uma farsa. A obra está aí, está dentro de um planejamento, planejamento sério, compromisso com o Estado, com a Presidência da República”.


 
A inauguração
 
A previsão inicial de entrega era abril de 2019, quando Cuiabá completará 300 anos. Porém, por conta do empenho de uma verba de R$ 100 milhões, do programa "Chave de Ouro", para conclusão de obras ainda na gestão Michel Temer (MDB), Emanuel Pinheiro decidiu correr com o cronograma e garantir que a Capital não perdesse o recurso.
 
Emanuel Pinheiro inaugurou o setor ambulatorial do novo HMC, contendo recepção, sala de aplicação de injetáveis, sala de curativos e consultórios de médicos especialistas - como cardiologistas, ginecologista, pequenas cirurgias, endocrinologista, gastroenterologista, dermatologista, clínico geral e psiquiatria.
 
A inauguração parcial, entretanto, não implicará no funcionamento da unidade. Isto porque a juíza Célia Regina Vidotti, da Vara da Ação Civil Pública e Ação Popular, concedeu uma liminar proibindo a Prefeitura de transferir os serviços de saúde para o novo prédio até que seja apresentado o Plano Diretor do Modelo de Gestão a ser implantado no local.