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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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​impasse com funcionalismo

Procuradoria da AL consegue reintegração de posse de plenário; multa diária é de R$ 100 mil

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Procuradoria da AL consegue reintegração de posse de plenário; multa diária é de R$ 100 mil
Última atualização às 19h37 - A Procuradoria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso conseguiu liminar na Justiça para garantir a reintegração de posse do plenário, que está ocupado por servidores públicos desde o fim da manhã desta terça-feira (22). Os deputados, após longa reunião, decidiram usar a decisão. A partir da notificação, os servidores públicos terão três horas para deixar o local. Após isso, a Polícia Militar poderá fazer a retirada dos servidores. 

  
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A decisão foi proferida pelo juiz Paulo Marcio Soares de Carvalho em desfravor da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado de Mato Grosso. O magistrado estipulou multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento, limitada a R$ 1 milhão. A decisão tem de ser cumprida imediatamente. 

Grhegory Paiva Moreira Maia (ao centro) é procurador-geral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

A Mesa Diretora optou por não usar a liminar logo que ela saiu. Os deputados discutiram internamente qual o melhor caminho para resolver o impasse e retomar o trabalho legislativo. A intenção é evitar uma saída forçada que cause ainda mais desgaste da casa junto ao funcionalismo público.

Antes da decisão de usar a reintegração de posse, foi apresentada a possibilidade de os servidores deixarem o plenário caso a Mesa Diretora retirasse de pauta o projeto que versa sobre a RGA. O texto do Executivo determina que o salário só seja atualizado com relação à inflação quando houver recurso no caixa do Estado. O projeto tramita em regime de urgência e já foi aprovado em primeira votação.
 
Outra hipótese estudada até então para dar continuidade aos trabalhos na casa era a realização da sessão ordinária de hoje em um local alternativo ao plenário das deliberações. A mudança de local da sessão se ancora no segundo artigo número dois do Regimento Interno da Casa. “Em caso de guerra, calamidade pública ou ocorrência que impossibilitem o seu funcionamento na Capital do Estado ou no recinto normal dos seus trabalhos, a Assembleia Legislativa poderá reunir-se em outro local, por deliberação da Mesa Diretora, ad referendum da maioria absoluta de seus membros”, diz o texto.

Os deputados se reuniram na Presidência da Assembleia Lagislativa, debatendo todas as possibilidades para se resolver o impasse.  
 
A servidora pública Edna Sampaio explicou que a intenção da manifestação é forçar uma retirada de pauta do projeto do governo. “Nós queremos negociar com o deputado Botelho o seguinte: retirada imediata desses dois projetos que afetam diretamente a nossa vida profissional e congela nossos salários, sabe lá Deus até quando. E em relação aos outros projetos, que são o projeto de reforma administrativa, nós apontamos e entregamos para os deputados um parecer nosso sobre os pontos nevrálgicos dessa reforma, e porque é que nós não concordamos com ela”, declarou.
 
Além da RGA, os servidores tentam barrar a Lei de Responsabilidade Fiscal que a equipe econômica de Mauro Mendes forjou. “Na verdade muda o conceito do RGA. O projeto não só congela do RGA, ele inviabiliza o pagamento do RGA na medida em que muda o conceito do artigo 37 da constituição, que define a reposição dos salários por um índice inflacionário, e a lei de 2004, promulgada ainda no governo Maggi, determina como vai ser o pagamento pelo NPC, que é o índice do IBGE que faz a recompulsão dos salários”.
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