Os delegados de Polícia Civil de Mato Grosso indicaram a possibilidade de greve nesta quarta-feira (23). Eles irão se reunir em frente à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) com o intuito de deliberar qual o próximo passo, devido ao não avanço das conversas com o Governo do Estado. Através do grupo de WhatsApp da categoria, de forma não-oficial, 80 já se mostraram favoráveis à paralisação.
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O presidente da categoria, Wagner Bassi, convocou os delegados para se reunirem em frente à Casa de Leis onde irão deliberar sobre o próximo passo. A possibilidade da deflagração da greve não está descartada. A reportagem tentou contato com o representante, mas a ligação não foi atendida.
Em um grupo de WhatsApp, que conta com a maioria dos delegados de polícia, mais de 80 já se mostraram favoráveis à paralisação. A delegada Juliana Chiquito Palhares, uma das que assinou a lista não-oficial, explicou a situação à reportagem. “Devido a falta de diálogo, começamos a deliberar no grupo alguns posicionamentos. Estamos discutindo os próximos passos”.
“Não é uma deliberação formal ainda, vamos ver o que será decidido nesta convocação. Entendemos que algumas reformas são necessárias, estamos trabalhando sem receber salário, sem 13º, mas existe o total vilipendio das nossas conquistas e isso nos deixa preocupados. Não se fala em mexer em servidores de outros Poderes”, acrescentou a delegada.
Os delegados estão em assembleia permanente desde o dia 11 de janeiro, logo depois que as medidas de austeridade foram anunciadas pelo governador Mauro Mendes (DEM).
Aprovação de medidas
A nova “batalha” pela RGA acontece após tensa sessão legislativa realizada na última quarta-feira (16), quando até mesmo gás de pimenta foi liberado no plenário e se espalhou pelo sistema de refrigeração da casa. Apesar de toda a mobilização e pressão dos servidores, o projeto do Executivo acabou aprovado em primeira votação.
Desta vez, o número de servidores que ocupam a AL é ainda maior que na semana passada. São centenas de profissionais de diversas secretarias, autarquias e empresas públicas que estão uniformizados e transitando pelo prédio do legislativo. Carros de som e trio elétricos também fazem parte da mobilização, onde líderes sindicais se revezam em discursos contra políticas de arrocho ao funcionalismo.
Com a ocupação do plenário, os servidores impediram que a votação acontecesse nesta terça-feira (22), mas a Procuradoria da AL já conseguiu uma decisão liminar que garante reintegração de posse do plenário. A Mesa Diretora decidiu não acionar forças policiais para desocupar o local e a votação deve ocorrer em algum local alternativo.
RGA e Fethab tramitam em regime de urgência, sob pedido do governo aprovado pela AL. Conforme o chefe do Executivo, os dois projetos são de suma importância para o equilíbrio financeiro do Estado, a qual ele classifica como caótico, desde que assumiu o Governo no dia 1° de janeiro.
