O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de Mato Grosso (Sindepol), Wagner Bassi, afirmou que a categoria deve se reunir ainda hoje em assembleia para definir os próximos passos na questão do atraso no pagamento de salários, possibilidade de congelamento do Reajuste Geral Anual (RGA), entre outros pontos propostos por Mauro Mendes (DEM). A greve não está descartada, já que mais de 100 delegados se mostraram favoráveis à paralisação.
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“Nossa categoria tem mostrado uma insatisfação muito grande com a situação. Não estão recebendo salários, querem acabar com as leis que podem nos beneficiar, causando um sério problema para nossas famílias. Vamos convocar uma assembleia para deliberar as providências que vamos tomar. Há possibilidade de greve, mas ainda não está decidido”, disse o delegado.
A intenção dos delegados é realizar uma assembleia ainda nesta quarta-feira (23). Em uma consulta não-oficial, mais de 100 delegados se mostraram favoráveis à deflagração da greve pela categoria.
Mais cedo, a delegada Juliana Palhares disse à reportagem que os servidores do Executivo são os únicos penalizados. “Entendemos que algumas reformas são necessárias, estamos trabalhando sem receber salário, sem 13º, mas existe o total vilipendio das nossas conquistas e isso nos deixa preocupados. Não se fala em mexer em servidores de outros Poderes”.
Os delegados estão em assembleia permanente desde o dia 11 de janeiro, logo depois que as medidas de austeridade foram anunciadas pelo governador Mauro Mendes (DEM).
Aprovação de medidas
A nova “batalha” pela RGA acontece após tensa sessão legislativa realizada na última quarta-feira (16), quando até mesmo gás de pimenta foi liberado no plenário e se espalhou pelo sistema de refrigeração da casa. Apesar de toda a mobilização e pressão dos servidores, o projeto do Executivo acabou aprovado em primeira votação.
Desta vez, o número de servidores que ocupam a AL é ainda maior que na semana passada. São centenas de profissionais de diversas secretarias, autarquias e empresas públicas que estão uniformizados e transitando pelo prédio do legislativo. Carros de som e trio elétricos também fazem parte da mobilização, onde líderes sindicais se revezam em discursos contra políticas de arrocho ao funcionalismo.
Com a ocupação do plenário, os servidores impediram que a votação acontecesse nesta terça-feira (22), mas a Procuradoria da AL já conseguiu uma decisão liminar que garante reintegração de posse do plenário. A Mesa Diretora decidiu não acionar forças policiais para desocupar o local e a votação deve ocorrer em algum local alternativo.
RGA e Fethab tramitam em regime de urgência, sob pedido do governo aprovado pela AL. Conforme o chefe do Executivo, os dois projetos são de suma importância para o equilíbrio financeiro do Estado, a qual ele classifica como caótico, desde que assumiu o Governo no dia 1° de janeiro.
