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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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janeiro vermelho

Indígenas protestam em Cuiabá contra violência e retrocesso em direitos

Foto: Reprodução

Indígenas protestam em Cuiabá contra violência e retrocesso em direitos
Cuiabá recebe nesta quinta-feira (31), indígenas de várias etnias do estado em um ato contra os 'retrocessos nas políticas públicas brasileiras' dirigidas a esses povos. A mobilização, que acontece na Praça Ulisses Guimarães, em frente ao Shopping Pantanal, às 8h da manhã, faz parte da campanha "Janeiro Vermelho - Sangue Indígena: nenhuma gota a mais".


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A campanha, liderada nacionalmente pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e, em Mato Grosso, pela Federação de Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), tem como objetivo mobilizar a sociedade para entender e defender os direitos indígenas.

Para a assessora da Federação, Eliane Xunakalo, não é possível a sociedade ficar calada diante dos retrocessos já vistos neste início de ano. "A mobilização é para mostrar à sociedade que estamos vivos, lutando pelos nossos direitos e que não é admissível mais mortes e mais sangue", declara a ativista.

O ato traz como principais bandeiras, a proteção dos direitos indígenas previstos na Constituição Brasileira; a demarcação das Terras Indígenas; a garantia dos direitos humanos e combate à violência contra indígenas; o reconhecimento dos povos originários e de sua cultura ancestral; a não transferência da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos; a não transferência da atribuição de demarcação de terras indígenas para o Ministério da Agricultura; além da luta por condições de vida digna nas aldeias.

Segundo as organizações, a fragilização da proteção aos direitos indígenas, previstos na Constituição Brasileira, começou nos discursos pré-campanha e se estabeleceu em atos governamentais assinados, recentemente, pelo atual presidente da república, Jair Bolsonaro. Para Xunakalo, essas violações têm consequências extremamente graves, tangenciando problemas que afetam toda a sociedade, como desmatamento, invasão de áreas protegidas, trabalho escravo, extração ilegal de madeira e minérios, perda da biodiversidade, conflitos fundiários, violência e assassinatos no campo.

Neste início de ano, as denúncias de violação dos direitos indígenas, principalmente invasões de terra, se intensificaram, tendo como resultado, a derrubada de florestas, a ocupação ilegal das áreas, destruição de escola e posto de saúde indígena e, o mais grave, ataque com disparos por armas de fogo e ameaças de morte.

"Há diversos temas e grupos sociais sobre os quais a sociedade deve estar mais bem informada quanto as suas reais demandas. Por este motivo e neste momento, é fundamental apoiar a mobilização do dia 31, entendendo que é essencial para que o movimento indígena, através de suas representações, tenha a visibilidade merecida e desejada", reforça o secretário executivo do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), Herman Oliveira.

Dados da Funai mostram que, no Brasil, dos 209 milhões de habitantes, 1 milhão são indígenas, vivendo em uma área que representa 12,5% do território do país. Em Mato Grosso, o percentual do território destinado a Terras Indígenas é semelhante: em torno de 12%, dos 903 mil quilômetros quadrados de extensão.

Serviço

Data:
quinta-feira (31/01)
Horário: 8h
Local: Praça Ulisses Guimarães, em frente ao Shopping Pantanal, na avenida do CPA
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