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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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“Espero que pegue a pena máxima”, diz pai de adolescente que teria sido morto por cuiabano em Portugal

Foto: Reprodução

“Espero que pegue a pena máxima”, diz pai de adolescente que teria sido morto por cuiabano em Portugal
O pai do adolescente português Rodrigo Lapa, Sérgio Lapa, disse esperar que a Justiça brasileira aplique pena máxima ao cuiabano Joaquim de Lara Pinto, padrasto do menino e apontado como o principal suspeito de ter assassinado o garoto. Em entrevista a uma TV de Portugal, o homem diz acreditar que o responsável pela morte do seu filho tenha recebido ajuda e coloca a mãe da vítima sob suspeita.


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Na entrevista, Sergio comenta que Rodrigo nunca reclamou de maus tratos por parte do padrasto cuiabano e bateu na tecla, diversas vezes, de que ele e a mãe do garoto são culpados pelo crime. “Quando me disseram que meu filho estava desaparecido, eu sabia que tinha algo errado, ele não era de fugir. Tem que ter mais cúmplices, quem o matou não foi apenas uma pessoa”.
 
Sérgio também levantou a possibilidade de que a mãe de Rodrigo e o padrasto cuiabano desempenhavam algo de ilícito em Portugal. “Tinham uma vida em que podiam comprar passagens para o Brasil, certamente tinham uma economia”. O homem acredita que Rodrigo tenha ouvido alguma discussão entre o casal, que envolveria estas atividades: “O Joaquim fugiu para o Brasil no dia seguinte ao ocorrido. Não é algo normal”.
 
O pai de Rodrigo também questiona as medidas tomadas até agora. “Entregar o passaporte para quê? Não há extradição do Brasil para Portugal. Ele diz que não fez nada, mas porque fugiu?”.
 
A investigação da Polícia Judiciária de Portugal foi concluída e o processo encaminhado para o Brasil, onde o cuiabano deve ser julgado. Joaquim foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver. Quando ouvido pela Interpol, ele se disse inocente e depois reservou-se ao direito de permanecer em silêncio.
 
Na ocasião, Joaquim entregou um laudo de um médico psiquiatra, que apontou a impossibilidade dele prestar depoimento. O documento explica que o cuiabano está “sem discernimento”.
 
Também à época, um mandado de busca e apreensão chegou a ser cumprido pela Interpol, com a presença de dois investigadores da Polícia Judiciária de Portugual. Atualmente, Joaquim vive em Cuiabá.

Outro lado

A defesa do cuiabano informou que ainda deve se posicionar sobre o caso posteriormente.

Revolta

Em uma entrevista concedida em 2016 ao Olhar Direto, Sérgio relatou o drama que vive após a morte do garoto, que foi assassinado em fevereiro daquele ano, em Lagoa (Distrito de Faro, em Portugal). Na entrevista, Sérgio afirma que mataria o responsável pelo crime e que descobriu o que era ódio após o homicídio. 

O caso
 
O cuiabano Joaquim de Lara Pinto é alvo de investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal que apura a morte do enteado dele, Rodrigo Lapa, 15 anos, que foi encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, após uma semana de desaparecimento. O mato-grossense já tinha as passagens para o Brasil compradas um mês antes da morte do adolescente. Segundo a imprensa local, ele é apontado como o principal suspeito.
 
De acordo com as informações da imprensa local, o adolescente desapareceu no dia 22 de fevereiro de 2016, mesmo dia em que Joaquim retornou ao Brasil. Rodrigo Lapa foi encontrado com as mãos amarradas e uma corda atada ao pescoço. Segundo a mãe do garoto, Célia Barreto, o cuiabano já havia marcado a viagem há um mês.
 
Exames complementares divulgados pela Polícia Judiciária de Portugal apontam que o jovem Rodrigo Lapa, de 15 anos, foi morto por estrangulamento mecânico, provavelmente pelo braço de seu padrasto, o cuiabano Joaquim Lara Pinto. Depois se contradizer em vários depoimentos e alegar que padrasto e enteado tinham uma boa relação, a mãe do adolescente, Célia Lapa, confessou ter presenciado a agressão sofrida por Rodrigo e ouvido seus gritos no dia do assassinato.
 
Após uma discussão, Joaquim teria se escondido e esperado o adolescente sair do quarto para agarrá-lo pelo pescoço e arrastá-lo para a cozinha da casa onde viviam, mantendo-o imobilizado. De acordo com a imprensa portuguesa, a mulher alegou não ter contado isto à polícia antes por medo de que Joaquim fizesse alguma coisa contra ela ou contra a filha que tem com ele, que na época tinha seis meses. Mesmo assim, a mulher teria mantido contato por telefone com o companheiro após o crime.
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