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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Relação de 30 anos

Mauro Carvalho: o amigo da juventude que se tornou braço direito de Mauro Mendes no Paiaguás

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Mauro Carvalho: o amigo da juventude que se tornou braço direito de Mauro Mendes no Paiaguás
Até 2019, o empresário do ramo de bebidas Mauro Carvalho nunca havia ocupado cargos públicos. Sua experiência na política se baseava em acompanhar seu amigo da juventude, o também empresário Mauro Mendes (DEM), em campanhas eleitorais. Hoje, Carvalho é chefe da Casa Civil, uma das posições mais importantes no Estado. E após mais de 30 anos de amizade, os dois decidiram dividir o compromisso de trazer de volta o equilíbrio financeiro a Mato Grosso.


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A relação entre o atual governador do Estado e seu braço direito no Paiaguás teve início em 1983, quando o democrata ainda era estudante universitário e Carvalho, aos 21 anos de idade, se mudou para Mato Grosso para atuar como trainee de uma empresa que mantinha vínculo com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde Mendes cursava engenharia elétrica.

Mais de 30 anos depois os dois compartilham de uma rotina que tem começado religiosamente por volta das 07 horas da manhã e que, na maioria dos dias, segue pelas madrugadas.

Já se aproximava das 18 horas da última sexta-feira (01) quando Carvalho, em meio à agenda apertada, entre uma reunião e outra, conseguiu receber a reportagem do Olhar Direto para falar dos primeiros 30 dias à frente do Executivo. “Ainda tenho mais duas reuniões hoje”, foi a primeira frase dita pelo chefe da Casa Civil.

Articulação em torno da aprovação do ‘Pacto por Mato Grosso’, primeiro embate com os servidores públicos e a Assembleia Legislativa, iminência de uma greve neste início de gestão, perspectiva de melhora do quadro financeiro do Estado e Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) foram alguns dos assuntos abordados durante a entrevista.

Veja a íntegra:

OD – De todos os secretários que formam o “time” do governador Mauro Mendes, o senhor ainda é a figura menos conhecida. Qual a relação entre os senhores e como surgiu o convite para assumir a Casa Civil?

MC - Eu vim para Mato Grosso em 1980, tinha 21 anos na época e vim para ser trainee de uma empresa. Fiquei 9 anos nessa empresa e depois saí para montar a minha que era uma revenda na época da Skol, isso em 1989. Essa empresa se transformou em uma revenda Ambev, a minha relação com a Ambev resultou em outras parcerias e eu estou há 30 anos aí nesse ramo. Casei com uma cuiabana, tenho duas filhas e duas netas e lá em casa só tem mulher (risos). Sempre atuei no setor privado. Claro, tenho amizades na classe política, mas nunca tive ambição de assumir cargos públicos. E também nunca tive intenção de me candidatar a nada, nunca quis isso pra mim.

A minha relação com o Mauro começou em 83, ele era presidente do DCE e a empresa que eu trabalhava tinha uma relação com a Universidade Federal de Mato Grosso. Por sinal, naquela época o reitor era o Gabriel Novis Neves, que hoje é meu sogro. Desde essa época ficamos amigos, o Mauro ainda era estudante. De lá para cá sempre tivemos uma convivência muito forte, sempre o apoiei em suas campanhas eleitorais e aí quando surgiu o convite não era algo que passava pela minha cabeça, mas acabei aceitando no sentido de contribuir realmente com um Governo que eu acredito muito e eu sei que ele vai entregar um resultado muito melhor para a sociedade do que nós tivemos até hoje.



OD – Antes de assumir a Casa Civil o senhor integrou a equipe de transição do governador Mauro Mendes. Os dados obtidos naquele momento, que segundo os senhores mesmo colocam eram assustadores, lhe fizeram em algum momento pensar em não aceitar o cargo?

MC – É uma experiência de fato nova. Na empresa em que eu atuo existe uma pressão muito forte por resultados, por metas, temos que bater vários indicadores diários. Mas o Governo é outro tipo de pressão, são outros assuntos que você resolve e decide por dia. Principalmente num Governo da forma como estamos assumindo, com uma situação financeira muito difícil, muito delicada. São muitos assuntos tratados diariamente e eu acabo despachando muitas coisas, diferente da iniciativa privada em que eu acabava tendo muito foco em algumas coisas. Aqui são ‘n’ assuntos diariamente. Lógico, o que estamos fazendo nesses 30 dias com esses projetos de lei que foram enviados para a Assembleia Legislativa é realmente limpar essa pauta e voltar a falar em planejamento, voltar a falar em desenvolvimento, falar em geração de emprego, em atração de recursos para o Estado. Eu acho que essas reformas que foram enviadas aí vão nos dar tranquilidade de trazer o equilíbrio fiscal e financeiro que nós estamos buscando todos os dias. É um grande desafio, mas eu gosto de desafios.

OD – Hoje completa um mês que o senhor assumiu a Casa Civil e, nesses primeiros 30 dias o Governo já enfrente uma ameaça de greve. Como tem sido trabalhar nesse cenário de dificuldades?

MC - Me permita discordar de você nesse ponto, porque nós não tivemos dificuldade nenhuma, nem com servidores e muito menos com os deputados. Tudo que aconteceu foi de forma democrática, cada um olhando realmente e vendo seus interesses de uma forma muito republicana. Atendemos o Fórum Sindical, todos os sindicatos que procuraram a Casa Civil foram atendidos e a gente tem mostrado a transparência dos números do Governo, da real situação em que nos encontramos hoje. E acho que nesse momento todo mundo tem entendido.

Eu sei que há uma dificuldade muito grande, porque é muito triste você atrasar pagamento, atrasar salários, ninguém quer isso. Agora, tem que ter um período de compreensão para que a gente realmente estabeleça as nossas reduções, as nossas economias. O Governo está cortando na carne numa série de despesas, diminuímos de 24 para 15 secretarias, estamos diminuindo drasticamente os cargos comissionados, terceirizados e contratados. Então, esses embates, tanto com servidor como na Assembleia foram perfeitamente normais. E tivemos o apoio de muita gente, a sociedade mato-grossense, principalmente, acho que compreendeu essas reformas que foram encaminhadas.

Eu não acredito numa greve no tempo em que estamos agora, com 30 dias de Governo e acho que todo mundo está compreendendo realmente o que estamos passando nesse momento. O que o governador Mauro Mendes tem feito é tomado todas as medidas para restabelecer esse equilíbrio fiscal e financeiro o mais rápido possível. Eu não acredito que uma greve vai resolver isso. Se a greve for a solução eu vou apoiar também, vou aderir a greve. Mas o que ela traria de beneficio? A greve vai trazer dinheiro para o caixa do Governo? A greve vai trazer a solução que nós precisamos para restabelecer o equilíbrio fiscal e financeiro? Eu acredito que não. Fazer uma greve que não traga nenhuma solução, apenas traga desconforto ou apenas para dizer que não apóia as medidas do Governo, ou que estão desconfortáveis com as atitudes e decisões do governador, eu não acredito que isso seja benéfico para a sociedade. Até porque o Governo depende dos servidores, quem move essa máquina aqui são os servidores, eles são o maior patrimônio do Governo, são as pessoas que fazem parte dele. Nós estamos aqui de passagem, daqui a quatro anos nós saímos, o servidor efetivo vai continuar. O servidor tem que ser aliado do governador Mauro Mendes, no sentido de contribuir para a solução dos problemas e não de enfrentamento. A gente não contrata um adversário para trabalhar na empresa, a gente contrata pessoas que realmente vem junto para crescer, para desenvolver, para atingir resultados, para entregar algo muito melhor e é isso que nós esperamos dos servidores nesses quatro anos.

OD – Nesse contexto, o futuro secretário de Cultura Allan Kardec, bem como alguns deputados da base aliada, se posicionou ao lado do funcionalismo, o que lhe colocou como contrário a interesses do Executivo.  Isso de alguma forma abalou a confiança do Governo com seu próximo secretário? Como são os diálogos com ele longo dos holofotes?

MC - É uma posição democrática do deputado Alan e de forma nenhuma isso criou qualquer tipo de constrangimento. Ele já vem da educação, a família dele toda é da área da educação. Ele fez a pauta dele, ele achou realmente que naquele momento ele deveria apoiar essa questão dos servidores. Nós vamos respeitar. Da mesma forma que nós temos servidores comissionados que foram contratados nessa gestão e que não apoiaram o governador, porque a eleição terminou em outubro. O que nós estamos focando é em pessoas excepcionais, com capacidade técnica, com conhecimento técnico e que seja o melhor profissional para desempenhar uma excelente função.

OD – A Casa Civil tem um histórico de ex-secretários que foram presos. Como o senhor lida com esse “passado nebuloso” da Pasta?

MC - O que aconteceu em gestões anteriores com as pessoas que ocuparam a Casa Civil é porque quiseram se emponderar em áreas que não eram suas. Quiseram atuar em algumas secretarias, em autarquias que não fazem parte da Casa Civil. Se atuassem exclusivamente na Casa Civil, na relação com os Poderes, com a sociedade, não teriam problema nenhum. E o nosso foco aqui é trabalhar encima da concepção as obrigações e responsabilidade da Casa Civil. E é isso que nós temos feito. Mas é lógico, existe um trabalho de resgatar a credibilidade e nós estamos fazendo isso junto à sociedade, junto aos secretários, junto às autarquias, para restabelecer a confiança da Casa Civil.



OD – Os deputados aprovaram a LOA com emendas que diminuem os cortes propostos pelo Governo no repasse aos Poderes, sob o entendimento de que foi feita uma correção de perdas inflacionárias. O Governo trabalha com a possibilidade de vetar essas emendas?

MC - O governador Mauro Mendes ainda está avaliando isso daí. Então, nós não temos essa decisão formada ainda. Ele deve nos próximos dias da semana que vem tomar a sua decisão. Agora, nós do Governo vamos continuar sempre dialogando, discutindo com os Poderes e mostrando realmente a situação financeira do Estado. Teve algumas legislaturas anteriores em que a Assembleia até devolveu dinheiro para o Governo, inclusive com investimentos que foram feitos e que eram necessários na época na área de saúde. Nós vamos continuar dialogando nesse sentido.

OD – Alguns deputados alegaram que essas emendas foram pactuadas com o Executivo, em uma espécie de acordo para “relaxar” uma relação que estaria desgastada. Isso de fato aconteceu?

MC - Não existe acordo que não seja republicano. Não tem esse negócio de por baixo do pano, atrás ou coisa parecida. O Governo Mauro Mendes não vai administrar dessa forma. Todos os acordos e todas as negociações são transparentes e podem ser colocadas ao conhecimento da sociedade. Não existe acordo, o que existe é uma relação com os Poderes que sempre existiu e que sempre vai existir nesses próximos quatro anos. Isso daqui é um ambiente público, todo cidadão mato-grossense tem direito a informação.

OD – Dos projetos que compõem o ‘Pacto por MT’, a LRF até o momento foi único não sancionado. Como andam as análises das emendas? Já há uma previsão do que pode ser vetado?

MC - Na semana que vem ela deve ser publicada. O governador está fazendo suas avaliações, vendo se terá algum veto ou não e provavelmente até o meio da semana que vem ela deverá ser publicada no Diário Oficial. Ele vai, realmente, avaliar o reflexo disso no caixa do Governo, no equilíbrio fiscal e financeiro e vai tomar sua decisão. Mas não existe ainda nenhuma conduta com relação a vetar, muito pelo contrário. Ele está avaliando e existe a possibilidade de não haver veto dessas emendas.

OD - Antes de assumir o Paiaguás sua equipe apresentou um estudo que sinalizava para a demissão de pelo menos 3 mil servidores. A reforma administrativa foi aprovada e, vale destacar que já havia sido parcialmente implementada antes de ir à votação, mas nem metade desses comissionados foram exonerados. Existe uma crítica de que os secretários não estão cumprindo realmente o dever de casa. O que ainda falta? Quando essa reforma será finalizada?

MC - O governador não falou de comissionados, mas de comissionados, contratados e terceirizados. Com relação aos comissionados, que é o que se vê no Diário Oficial, você pode até pensar que não iremos cumprir essa meta. Mas as metas compreendem também pessoas terceirizadas e contratadas. No caso de contratados o maior impacto é na educação, que vai ser demonstrado agora no início das aulas. O secretário Basílio já está fazendo todos os levantamentos para apresentar à imprensa realmente a quantidade de pessoas que foram diminuídas dentro dessa gestão. E com certeza, vamos ultrapassar os três mil. De comissionados hoje acho que já estamos chegando a uns 800 cargos. Agora, os terceirizados e contratados, esse cálculo aí nos próximos dias o secretário Basílio vai divulgar.

Não esquecendo que, inclusive eu, todos os secretários temos um prazo de validade de seis meses. Se qualquer pessoa contratada para qualquer cargo comissionado dentro do Governo Mauro Mendes não entregar o resultado esperado, será substituído. Qualquer um.  Por enquanto o governador está muito satisfeito com o que cada secretário tem trazido. Todos estão focados na redução de custos e isso tem dado uma redução significativa. Na Casa Civil, por exemplo, eram 17 cargos comissionados e reduziu para 5. Mas não é só servidor, tem redução de combustível, de agua, de luz, de carros locados. Têm pessoas fazendo o trabalho de dois ou três hoje, e está indo muito bem.

OD - Como está a resolução para os problemas com fornecimento de combustível e a liberação das viaturas que ficaram fora de circulação?

MC - Não conseguimos [resolver]. O secretário Bustamante conversou com todas as empresas que fornecem combustível para o Estado, pediu realmente um pouco mais de paciência e com isso aí restabeleceu não só a parte de combustível, mas também a parte de locação que nós tínhamos 50% da frota da segurança que estava recolhida nos pátios. Isso também está voltando aos poucos.

OD – Com relação aos Hospitais que estão sob a tutela do Estado, há alguma novidade quanto aos repasses em atraso?

MC - Hospital não tivemos nenhum fechado. Em Pontes e Lacerda, ali era uma Santa Casa de Misericórdia, o governador Mauro Mendes conversou porque o Governo está há seis meses atrasado com os repasses, mas o Executivo chegou num acordo com a Santa Casa e está repassando agora nessa primeira semana uma parcela e a outra parcela a Prefeitura irá ajudar nesse primeiro momento. Mas não existe nenhuma possibilidade de fechamento.

OD - Havia uma previsão de dar solução ao VLT num prazo de um ano. Com o cenário financeiro de MT, esse projeto terá alguma continuidade ou deve ficar suspenso por um prazo maior? O que ficou decidido?

MC - Já teve várias reuniões com o Consórcio VLT. Essa solução nós vamos encontrar ela em um ano. A promessa que o governador colocou na campanha ele irá cumprir. Já tivemos várias sugestões com relação ao VLT, o governador está avaliando e no momento oportuno, nesse ano de 2019, iremos divulgar. Esse caminho está sendo construído, o que precisamos avaliar é o que o VLT vai trazer de beneficio para a sociedade. O governador não vai apresentar uma solução que vá trazer prejuízos para a sociedade ou para o Governo. Não se mostra uma solução dessas em trinta dias de Governo, apesar de já ter tido algumas reuniões. Mas o governador, você pode ter certeza, o mais breve possível irá apresentar essa solução à sociedade.

OD – Outra questão preocupante, se não a mais preocupante, diz respeito ao salário dos servidores. Há um planejamento do Executivo que indique quando o Estado acabará com o escalonamento que vem sendo cumprido?

MC - Esse novo escalonamento foi uma reivindicação dos servidores que o governador, num primeiro momento, não teve como atender porque tinha uma parte de sistemas que deveria ser feita. Batemos um recorde, conseguimos resolver isso e o pagamento será feito nessa modalidade em que se paga um teto a 100% dos servidores. O governador Mauro Mendes, no mais rápido tempo possível, irá encontrar uma data bem melhor do que nós fizemos nesse mês de janeiro. Nós vamos ter escalonamento em fevereiro, acredito que em março isso aí já deve estar melhor, mas depende de uma série de fatores para a gente realmente pagar no dia correto. Nesse primeiro semestre será um desafio grande voltar a pagar o salário em dia e esse é o foco. Mas para isso a gente depende de uma série de fatores para que realmente restabeleça esse caixa, através das medidas que nos propomos e que colocamos na Assembleia.

Esse ano é um ano de construção. Lógico, o objetivo é acertar o mais rápido possível o dia do pagamento do servidor, mas com certeza os fornecedores também nós iremos trabalhar nesse sentido, porque o fornecedor também é um gerador de empregos. Mas nós temos aí o novo Fethab, vamos atuar num programa gigantesco contra a sonegação fiscal, estamos dobrando a Delegacia Fazendária, o CIRA também vai ter um papel fundamental nisso daí e, além disso, o corpo de fiscais da Sefaz. O governador vai atuar fortemente na questão da sonegação e logicamente na dívida ativa do Estado, o que nós tínhamos ali na PGE também será feito todo um trabalho de recuperação. Detran também vai atuar fortemente, porque há uma inadimplência muito grande. São uma serie de medidas que vão garantir que a gente traga o pagamento para o dia correto o mais rápido possível.

A equipe economia está trabalhando muito sobre a reforma tributária. E nós teremos muita demanda junto à Assembleia com as reformas que têm que ser implantadas. Essas que foram encaminhadas agora em janeiro foram as emergenciais, mas tem muitas reformas significativas que vão ser encaminhadas ao longo do ano.

OD - Tão fortes quanto essas iniciais?

MC - Algumas sim.

OD - Pode adiantar alguma?

MC - Estamos construindo. Tem algumas coisas na Industria, com relação ao Prodeic, que devemos avaliar muito bem. Tem algumas coisas também no comércio que dizem respeito ao ICMS. O Governo vai conversar com todos os segmentos da sociedade. Se nesse primeiro momento as reformas atingiram algum segmento e outros ficaram de fora, o Governo vai chamar todos para fazer os ajustes que têm que ser feitos. Ninguém vai ficar de fora da contribuição. Nós temos que deixar bem claro que o Estado não é o problema, o problema é o Governo. Nós não temos nenhuma prefeitura com salários atrasados, esse problema é do Governo do Estado. A indústria vai bem, o comercio vai bem, o agronegócio vai bem. As arrecadações de impostos vêm crescendo, mas o problema é exclusivo do Governo.



Foram tomadas decisões em gestões anteriores sem o cuidado de ver o impacto social e financeiro do Estado. Se tivesse tido um pouco mais de responsabilidade, uma visão de gestão e uma visão principalmente de longo prazo, nós não teríamos chegado no que estamos hoje. Foi um problema de gestão. Mas nós não vamos governar olhando para o retrovisor. O que o governador Mauro Mendes fez foi encaminhar medidas para a Assembleia para consertar e atingir o equilíbrio fiscal e financeiro. Quem foi culpado, quem foi irresponsável, quem tomou as decisões erradas cabe à sociedade julgar e os organismos competentes irem atrás de quem errou. Esse não é o papel do governador Mauro Mendes. Nosso papel é olhar para a frente. As medidas que foram tomadas foram para consertar erros do passado? Foram. Mas nós vamos tomar conta daqui para a frente e o passado cada um responde pelos seus atos. Nós não vamos responder pelos atos de governador anteriores, nós vamos responder pelo nosso.

OD – Durante a campanha, o arco de alianças do governador Mauro Mendes foi um dos assuntos que mais gerou polêmica. O senhor foi responsável por trabalhar junto do governador para acomodar todos esses aliados. Encontrou dificuldade nesse diálogo?

MC - Quem ajuda a ganhar ajuda a governar. E o arco de alianças do governador Mauro Mendes nem era o maior. Essas pessoas têm até o dever de contribuir com esse Governo. Nós temos chamado os partidos, os deputados para contribuir com a gestão com indicações de profissionais capacitados e que estejam envolvidos com a forma de governar de Mauro Mendes. Essa participação é democrática e existe no mundo inteiro. E nós vamos governar obviamente com as pessoas que nos apoiaram. Não tem como governar com pessoas que são seus inimigos. Mas vamos olhar sempre para a capacidade profissional e técnica dessas indicações, esse é o critério.
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