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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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​Pediu CPI

Wilson crê em queima de arquivo de sonegadores contra empresário e pede audiência com SESP

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Wilson crê em queima de arquivo de sonegadores contra empresário e pede audiência com SESP
O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) solicitou uma audiência com o secretário de Segurança, Alexandre Bustamente, para obter mais informações sobre o crime de assassinato contra empresário Wagner Florencio Pimentel, morto no último sábado (9). A vítima era alvo da operação Crédito Podre, deflagrada pela delegacia Fazendária contra crimes de sonegação fiscal. Para o deputado tucano, o assassinato tem sinais de queima de arquivo.  


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“Ele foi pego na operação Crédito Podre, já foi punido com medidas coercitivas e já estava portando tornozeleira eletrônica. Provavelmente o assassinato do seu Wagner Florencio Pimentel é queima de arquivo. Prática comum em Mato Grosso. Eu estarei ainda hoje procurando a Polícia Judiciária Civil e em especial o secretário de Estado, o senhor Alexandre Bustamante, porque nós queremos ter acesso a essa investigação”, afirmou Wilson Santos, na tribuna da Assembleia na manhã desta quarta-feira.
 
 
Wilson é autor do requerimento de CPI para investigar incentivos fiscais. A comissão já tem número suficiente de assinaturas para ser instalada, mas ainda não começou os trabalhos. Mesmo assim, Wilson já tem atuado. Na semana passada solicitou colaboração do Tribunal de Contas do Estado com informações e agora busca a Secretaria de Segurança.
 
“Queremos ter acesso se é que houve uma delação parcial dele, onde segundo informações, ele entrega meio mundo dos poderosos de Mato Grosso. E há informações que a viúva, sua esposa, pretende encaminhar documentos e continuar a delação do ex-marido. A CPI, espero que ela seja instalado o mais breve possível”, declarou.
 
O parlamentar ainda chamou os colegas para participarem da audiência na Sesp. “Se algum colega deputado quiser nos acompanhar, está convidado. Nós queremos ter acesso a  esse crime misterioso de homicídio corrido no último fim de semana em Cuiabá, porque na minha concepção, e eu posso estar equivocado, foi queima de arquivo de alguém que sabia muito sobre sonegação no estado de Mato Grosso”.
 
Investigação
 
Em entrevista concedida ao Olhar Direto, a delegada Janira Laranjeira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que por enquanto ainda não há pistas que levem a crer em ‘queima de arquivo’. Imagens de câmeras de segurança foram analisadas pela polícia.
 
“Até o momento, não temos nada que leve a crer em alguma relação. Ainda é prematuro dizer, vou ouvir os familiares ainda, mas não me adiantaram nada neste sentido. Claro que vamos ter acesso a tudo apenas depois das oitivas. Também vamos saber se a vítima era delatora ou algo do tipo”, disse a delegada ao Olhar Direto na segunda-feira (11).
 
Até agora, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sabe que o criminoso, que estava sozinho, chegou em uma motocicleta e disparou contra a vítima. Chama a atenção o fato de que dentro do veículo em que o empresário estava foram encontrados envelopes com R$ 1.600, que não foram levados.
 
O fato foi registrado na noite do último sábado (9), no bairro Jardim das Américas. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) encontrou cinco cápsulas calibre 9mm no local e uma sacola com vários envelopes, além disso dos R$ 1.600 localizados.
 
Wagner era investigado pela “Operação Crédito Podre”, conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), que apontava fraudes na comercialização interestadual de grãos (milho, algodão, feijão, soja, arroz, milho, sorgo, painço, capim, girassol e niger), com sonegação de mais de R$ 140 milhões em ICMS (imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços).
 
Ele chegou a ser preso, mas foi solto no dia 9 de julho de 2018, quando passou a usar tornozeleira eletrônica e ficou proibido de entrar na sede da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ), manter contato com os demais acusados e com as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e se ausentar do Estado sem autorização do juízo. Ele deveria cumprir recolhimento domiciliar no período noturno (entre 20h e 06h) e nos finais de semana e feriados de forma integral.
 
A operação ‘Crédito Podre’ foi deflagrada no dia 7 de dezembro de 2017 pela Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Fazendária, em conjunto com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). As investigações da Polícia Judiciária Civil levantaram que mais de 1 bilhão de grãos saíram do Estado de Mato Grosso, sem o devido recolhimento do ICMS, deixando prejuízo estimado em R$ 143 milhões, entre os anos de 2012 a 2017.
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