Aposentada da magistratura desde o ano passado, a senadora Selma Arruda (PSL) avaliou que o projeto anticrime criado pelo ex-juiz federal e ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não irá sozinho resolver o problema e sugeriu que a questão que trata sobre o trânsito em julgado poderia ser colocada na Constituição com clareza.
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“É um começo. Aquele projeto sozinho não vai resolver muita coisa, mas eu acredito que a proposta deve ganhar contornos diferentes. Quando enviar para o Senado, estará mais desfigurado, mas, no geral, tem dispositivos muito bons”, disse a parlamentar em entrevista ao jornal
Correio Braziliense.
“Quando o Sérgio Moro coloca no Código de Processo Penal um dispositivo que trata sobre o trânsito em julgado, na minha opinião, teria de ser colocado na Constituição, por meio de uma PEC. Porque tudo será levado ao Supremo e, de novo, o tribunal pode reconhecer como inconstitucional. E de preferência tem de dizer o que é o trânsito em julgado. A lei precisa de clareza”, analisou.
A proposta de Moro, que já teve uma versão inicial apresentada a governadores e parlamentares, tem como objetivo endurecer o combate à corrupção, ao crime organizado e demais crimes violentos. O ministro aceitou algumas sugestões e fez mudanças no texto.
O texto prevê alterações em 14 leis, como o Código Penal, Lei de Execução Penal, o Código de Processo Penal, a Lei de Crimes Hediondos e o Código Eleitoral.
Entre os itens, estão a criminalização do caixa 2, a prisão após condenação em segunda instância como regra e o endurecimento de penas para crimes considerados graves.
O Projeto de Lei será apresentado ao Congresso Nacional na próxima terça-feira (19).
Leia a íntegra da entrevista de Selma ao Correio Braziliense aqui.