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​Briga acirrada

Grupo pressiona Maluf por desistência de vaga no TCE e deputado resiste: ‘invente outra desculpa’

19 Fev 2019 - 15:33

Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo/ Da Redação - Lucas Bólico

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Grupo pressiona Maluf por desistência de vaga no TCE e deputado resiste: ‘invente outra desculpa’
A temperatura subiu nos corredores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso poucas horas antes do encerramento do prazo para indicações de candidatos à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas aberta com a aposentadoria de Humberto Bosaipo. Deputados estaduais capitaneados pela vice-presidente Janaína Riva (MDB) defendem a indicação de Max Russi (PSB) para o cargo e tentam pressionar o deputado Guilherme Maluf (PSDB) para que ele renuncie à disputa, evitando a necessidade de votação no Colégio de Líderes. O tucano, no entanto, garantiu que não recua.

 
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Janaína reuniu-se com mais deputados em sua casa, na manhã desta terça-feira (19), em diálogo cujo encaminhamento foi a busca de uma indicação por consenso. Riva sustenta usa como argumento o fato de Maluf ser réu na justiça, por crimes investigados na operação Rêmora. “Nesse momento seria mais importante o Guilherme demonstrar sua inocência e posteriormente se colocar à disposição novamente, se quiser, do que nesse momento a gente vir para um debate jurídico podendo ai travar uma vaga por mais tempo, ninguém nem sabe determinar o tempo que essa vaga ficaria travada, trazendo prejuízo não só à Assembleia, mas para todos os prefeitos e para toda a sociedade”, justifica.
 
Guilherme Maluf, que desde a abertura da vaga se apresentou como postulante, não vê sentido em recuar sob esses argumentos, uma vez que Max Russi, preferido de Janaína para ocupar a vaga, também tem implicações na justiça. “Olha eu acho uma incoerência porque o deputado Max também é indiciado, boa parte dos processos, inclusive ela mesma também é indiciada, então você condenar uma pessoa por ser indiciada é inconstitucional, nós sabemos disso. Não tem tribunal que segura uma decisão como essa. Eu acredito muito que esse tipo de pressão, que é uma pressão, no meu caso não vai funcionar, a não ser que ela arranje outra desculpa”, afirmou o tucano, no começo da tarde.
 
O presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (DEM) afirmou que Janaína ficou de lhe apresentar uma lista assinada por 12 deputados com a proposta de que Maluf recuasse para a indicação de Max ser feita por consenso. O democrata afirma que ainda não recebeu a lista, mas também não vê problema em a questão ser resolvida em votação no Colégio de Líderes.
 
“É uma proposta de consenso, então a deputada Janaína ficou de me apresentar uma lista com mais de 12 deputados indicando o deputado Max. Eu não recebi essa lista ainda, estou aguardando, se tiver nós vamos chamar o deputado Guilherme e os outros pretendentes para tentar entrar em um consenso. Senão, vai todos para o Colégio de Líderes, qual o problema? O que eu acho até melhor. Que vá todos para o Colégio de Líderes e lá decida”, contou Botelho.
 
Maluf contabiliza entre 10 e 11 votos, o que julga suficiente para ganhar a disputa e não considera a hipótese de recuar. “Eu tenho meu grupo. Vou manter o meu nome. Pode ser que eu perca, pode ser que ganhe. Seu eu perder também não é o fim do mundo. Então nós temos sim uma disputa a fazer”.
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