Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Mauro Mendes (UNIÃO) fez uma posição firme em favor da democracia e das instituições nesta quinta-feira (25), durante sabatina no programa Roda de Entrevista, da TV Cultura. Chamou a possibilidade de golpe de “delírio” e disse acreditar que a “maioria absoluta dos brasileiros” defende que as comemorações do dia 7 de setembro ocorram de forma pacífica.

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Esta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma operação que tem como alvo um grupo de empresários bolsonaristas que teriam defendido um golpe de Estado no Brasil caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições de outubro.

O feriado de 7 de setembro deste ano marca os 200 anos da Independência do Brasil. Em declarações públicas recentes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou que planeja transformar as festividades em atos bolsonaristas. O temor é que o mandatário do Palácio do Planalto use o desfile militar para insuflar apoiadores contra o Judiciário e o sistema eleitoral brasileiro.

“Eu sou contra qualquer tipo de violência. A democracia é um patrimônio da sociedade brasileira. Não é com gritaria, com violência ou com vandalismo que nós vamos mudar as coisas. O bom diálogo ele é sempre necessário e nós precisamos respeitar as instituições, podemos até discordar, mas usar os meios legais e democráticos para fazer o bom debate e fazer o diálogo construindo alternativas e caminhos que a gente gostaria que assim o fossem. Então, eu não acredito que vá haver nada de mais grave nesse 7 de setembro, porque não tem espaço para isso. Achar que o Brasil vai ter um golpe é delírio de alguns e não vai ter nenhum respaldo nas instituições ou na grande maioria absoluta dos brasileiros, porque somos um povo pacifico. Maluco tem em qualquer lugar do mundo, mas eles são minoria. E a maioria vai ter sua vontade respeitada”, avaliou o governador de Mato Grosso.

Nos atos de 7 de setembro do ano passado, o presidente Bolsonaro fez ameaças golpistas ao STF e atacou ministros da Corte. Em discurso na avenida Paulista, em São Paulo, o presidente exortou desobediência a decisões da Justiça e disse que só sairia morto da Presidência da República.

Uma das linhas de investigação da Polícia Federal leva em conta justamente esse cenário: a possibilidade de, como em 2021, as comemorações se tornarem palco para a defesa de bandeiras inconstitucionais —e com significativo aporte financeiro.