Engajado na campanha do ex-presidente Lula (PT), o candidato a senador Neri Geller (PP) afirmou que a entrevista do petista ao Jornal Nacional, nesta quarta-feira (25), trará votos no agronegócio.
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Em resposta aos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos sobre apoio de empresários do agro ao presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula afirmou que a política do PT contra o desmatamento faz com que o setor seja contra sua candidatura. A declaração repercutiu nas redes sociais bolsonaristas, especialmente sobre eventual ala “fascista” do agronegócio.
Neri evitou comentar o termo "fascistas", mas disse que as referências do candidato ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) até ajudarão a trazer votos.
"Lula colocou tudo em pratos limpos ao dizer que o MST nunca invadiu terra produtiva e ajudou a fazer reforma agrária. Somos testemunhas disso. No governo dele não houve nenhuma invasão em terras produtivas. Teve a reforma agrária, mas foi em áreas improdutivas. Mato Grosso é um exemplo disso", afirmou, em entrevista publicada pelo jornalista Tales Faria, do UOL.
Aliados de Lula apontam que os momentos em que o ex-presidente falou sobre o agronegócio e o MST foram os pontos fracos na entrevista.
“Outro dia eu fui em uma reunião e perguntei para um fazendeiro: então, queria que você me dissesse qual foi a terra produtiva que o sem-terra invadiu. Qual foi a terra produtiva que o sem-terra invadiu? Porque o sem-terra invadia terras improdutivas, que fiscalizava a terra era o Incra e quem parava era o governo. Tinha hora que eu achava o seguinte: O sem-terra acho que está fazendo favor para os fazendeiros, porque está invadindo terras para o governo pagar”, declarou Lula.
O petista ainda disse que “alguns fazendeiros” estão apoiando Bolsonaro porque o presidente flexibilizou o acesso às armas.
Segundo Neri, os comentários em grupos de redes sociais de produtores, dos quais faz parte, sobre as menções do ex-presidente ao setor foram positivas. "A repercussão foi extraordinária, mas também tem os contras. Lula foi muito pacificador e mostrou que vai retornar o que fez lá atrás, aprovou biotecnologia, mercado internacional, diálogo", disse.
