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Segunda-feira, 27 de maio de 2024

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DINHEIRO VIVO

Deputado defende clã Bolsonaro e diz que também só realiza transações em espécie: “nem Pix eu tenho”

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Deputado defende clã Bolsonaro e diz que também só realiza transações em espécie: “nem Pix eu tenho”
Embora o presidente Jair Bolsonaro (PL) venha exibindo em sua propaganda eleitoral como um feito inovador de sua gestão a criação do Pix, bolsonaristas como o deputado Gilberto Cattani (PL) não consideram a plataforma totalmente segura e sequer a usam. A revelação foi feita pelo parlamentar nesta quarta-feira (31), ao defender as transações imobiliárias realizadas com dinheiro vivo pela família do presidente da República.


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“Faz uns 15 anos que eu não tenho conta em banco. Tive que abrir uma conta salário quando me tornei deputado. Tudo que eu compro, eu também compro em dinheiro. E eu gosto disso, porque não sei usar cartão de crédito para alguém me sequestrar e depois pegar um Pix. Nem Pix eu tenho”, disse o deputado, em conversa com jornalistas.

Reportagem exclusiva do UOL revelou nesta terça-feira (30) que quase metade do patrimônio em imóveis do presidente Bolsonaro e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie, de acordo com levantamento patrimonial realizado pelo site.

Desde os anos 1990 até os dias atuais, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã.

As compras registradas nos cartórios com o modo de pagamento "em moeda corrente nacional", expressão padronizada para repasses em espécie, totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, este montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões.

“Não é um valor expressivo, se você calcular a quantidade de anos e como eles ganharam esse dinheiro. Se eles podem gastar esse dinheiro, não importa se foi pago em Pix, crédito, financiado, isso não é relevante”, pontuou o deputado.

Criação do Pix

Em que pese, o presidente Jair Bolsonaro não esteve envolvido na criação do sistema de pagamentos instantâneos. O Banco Central iniciou o processo de criação da plataforma em 2018, durante o governo Michel Temer. O presidente do BC na época era o economista Ilan Goldfajn. Em maio de 2018, cinco meses antes de Bolsonaro ser eleito, o BC criou um Grupo de Trabalho denominado "Pagamentos Instantâneos" para produzir as especificações do sistema que viria a ser o Pix.

Integrantes da equipe responsável pelo Pix no BC dizem que, "em conceito, a ferramenta já existia desde 2016", três anos antes de o economista Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro em 2019, assumir a presidência do órgão.
 
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