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Domingo, 19 de maio de 2024

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Entrevista à CNN

Lula diz que ‘agricultura é imprescindível’, fala em ‘produção responsável’ e lembra morte de apoiador em MT

Foto: Reprodução / CNN

Lula diz que ‘agricultura é imprescindível’, fala em ‘produção responsável’ e lembra morte de apoiador em MT
Em entrevista ao jornalista William Wack na CNN na noite de segunda-feira (12), o candidato à Presidência da República Lula (PT) foi questionado sobre o “xingamento” que fez a setor do agronegócio no Jornal Nacional. Em fala mais ponderada, Lula disse que há empresários “irresponsáveis” que querem desmatar a Amazônia, mas que tem “muita gente” que quer produzir e forma responsável. O candidato ainda afirmou que a agricultura é “imprescindível” e deve ser valorizada, e lembrou, em outro momento da conversa, da morte de seu apoiador Benedito Cardoso dos Santos, ao defender que quer ganhar as eleições e governar semeando a paz, ao contrário do que faz o atual presidente Bolsonaro (PL).


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“Nunca o agronegócio teve tanto financiamento como no governo do PT. Você pode trazer eles aqui para dizer. O fato deles não gostarem do PT, não é por falta de financiamento, eles sabem que em 2008 nós fizemos uma Medida Provisória chamada 432 que renegociou a dívida deles, praticamente 75 bilhões de dólares, que se a gente não fizesse isso eles quebravam. Nós financiávamos essas máquinas grandes que você vê na televisão a 2% de juros ao ano. Hoje eles estão pagando 18%. O problema deles com o atual presidente não é financiamento não, porque eles sabem o quanto de viagem nós fizemos levando eles para poder melhorar a exportação. O problema deles conosco hoje é porque eles sabem que no governo do PT não vai ter desmatamento na Amazônia”, iniciou o presidente, que logo foi questionado por Wack se acreditava que o agronegócio era o responsável pelo desmatamento, o que Lula negou.

“No agro tem muita gente que sabe que necessita produzir, que tem que ter uma política de preservação ambiental, que tem que respeitar a questão do clima, porque o mundo comercial vai cobrar do Brasil”, argumentou. Lula ainda citou a questão das “invasões de terra”, e afirmou que elas acontecem em menor quantidade agora porque os assentados estão produzindo.

“Nós disponibilizamos 52 milhões de hectares para fazer assentamento. E agora, os assentados estão produzindo, estão criando muitas cooperativas, e estão produzindo bem. Você tem o agronegócio, uma parte dele, que não vota no PT, como você tem outra parte que vota. Você tem pequeno produtor que vota e tem outros que não vota. O nosso problema é que a agricultura é imprescindível para o Brasil neste instante, o agronegócio é importante, e não é de hoje, ele é muito importante há muito tempo, e Deus queira que o Brasil cresça tanto que chegue a desbancar os Estados Unidos. Agora, tudo isso, é possível produzir sem a quantidade de agrotóxico que está sendo utilizado, e tudo isso é possível produzir sem invadir nenhum bioma que precisamos preservar”, completou.

Campanha polarizada

Outro assunto comentado por Lula durante a entrevista foi a morte de Benedito Cardoso dos Santos, de 44, em uma chácara a 34 quilômetros de Confresa, no feriado de Sete de Setembro. O ex-presidente afirmou que quer se eleger para pacificar o país, e citou também outros casos de violência recentes.

“Desde que eu comecei a fazer política eu nunca tinha visto, nunca assisti, e disputei todas as eleições... nunca tinha visto um comportamento incivilizado como estou vendo agora”, comentou Lula. “Já houve duas mortes em 2018, já houve tiro, já houve bomba no meu escritório, já houve duas mortes agora, semana passada mataram mais um cidadão, você vê a humilhação que tentaram fazer com uma moça com a cesta básica, deixa eu te dizer uma coisa... você não vai querer presidir um país para tentar instigar a confusão. Esse país precisa de paz para crescer, precisa de paz para melhorar, e quem pode fazer isso é o presidente da República, é o comportamento dele que dita um pouco as regras do que vai acontecer na sociedade. E esse atual presidente vive disso, vive de provocar, de instigar, de desrespeitar, de ofender ministro da Suprema Corte. Nós vamos ganhar as eleições para reconstruir a paz nesse país, para que a família brasileira possa viver bem e voltar a ter esperança”, completou.
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