Estado do agronegócio, Mato Grosso tem forte resistência a candidaturas petistas à Presidência da República. Desde 1989, quando o voto popular voltou a definir o chefe do Executivo federal, apenas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu a maioria dos votos mato-grossenses e se tornou presidente, em 2002.

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Antes disso, o petista amargou duras derrotas no Estado. Em 1989, quando chegou ao segundo turno contra Fernando Collor (então no PRN), Lula teve apenas 240.486 votos (36,6%). O presidente que seria cassado em 1992, obteve 66,3% (475.246 votos). No país, Collor venceu por diferença menor: 53% a 47%.

Em 1994, Lula voltou a concorrer e também teve menor votação em Mato Grosso, quando disputou com Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O tucano alcançou 495.956 votos (64,2%), contra 147.307 (19,1%) do petista. No ano, FHC liquidou a disputa em primeiro turno, com 34.314.961 (54,24%) a 17.122.127 (27%).

Quatro anos depois, quando a reeleição estava permitida, FHC teve a maior votação proporcional de um presidente eleito em Mato Grosso. Chegou a 73% (663.777 votos), contra 16,4% de Lula, ainda no primeiro turno. Em 1998, a eleição nacional terminou com FHC reeleito com 53% (35.936.540) a 31,7% (21.475.219) do petista.



Era petista

Lula só conseguiu vencer em 2002, quando disputou o segundo turno com José Serra (PSDB) e teve 61,27% (52.793.364 votos), contra 38,7% (33.370.739) do ex-ministro da Saúde. Em Mato Grosso, Lula teve sua única vitória, já que chegou a 649.100 votos (54,4%).

Quando reeleito, Lula quase conseguiu maioria do eleitorado mato-grossense, chegando a 49,6% no segundo turno com seu atual vice, Geraldo Alckmin (então no PSDB). Na ocasião, o petista foi reeleito, com 60,8% (58.295.042).

Sucessora de Lula, Dilmar Roussef (PT) venceu a eleição de 2010, com 56% (55.752.529 votos) no segundo turno disputado com Serra. Em Mato Grosso, a ex-presidente ficou com 48,8% (729.747.51 votos), vencendo em apenas 51 dos 141 municípios.

Quatro anos depois, na acirrada eleição com o deputado federal Aécio Neves (PSDB), a petista ficou com 45,3% (717.230 votos). Na apuração nacional, Dilma foi reeleito com 51.6% (54.501.118 votos).

Última eleição

Há quatro anos, o PSDB já não tinha a mesma força e a eleição ficou polarizada entre o então deputado federal Jair Bolsonaro (PL) e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). No segundo turno, o capitão da reserva terminou com 55,1% (57.797.847 votos). No Estado, o presidente somou 66,4% (1.085.824 votos).