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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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QUEM PODE DEFINIR A ELEIÇÃO?

Eleitores de Tebet e Ciro em MT mantêm indecisão sobre voto para presidente no 2º turno

Foto: Nelson Almeida/AFP/Sopa Images/Getty Images

Eleitores de Tebet e Ciro em MT mantêm indecisão sobre voto para presidente no 2º turno
Considerados decisivos na eleição mais acirrada desde a redemocratização brasileira, a faixa de eleitores indecisos no País nesta reta final da campanha é relativamente pequena, mas totaliza um punhado da população estratégico para quem irá sair vitorioso neste domingo (30). Em Mato Grosso, os chamados “eleitores voláteis” ainda hesitam em cravar uma opção. Olhar Direto conversou com dois cuiabanos que decidiram pela “3ª via” no 1º turno, mas que agora cogitam anular o voto.


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“No meu ponto de vista, os dois são populistas que fazem de tudo para ‘comprar’ os votos daqueles mais alienados à custa da quebra do teto de gastos”, justificou o estudante João Pedro Corrêa da Costa e Costa, de 19 anos.

O jovem, que votou em Ciro Gomes no 1º turno, pondera que sua opção se deu pelo voto útil. Esta é a primeira eleição em que ele tem a oportunidade de ajudar a escolher um presidente para o País, por isso, lamenta a ausência de candidatos que despertem sua preferência.

“Eu votei no Ciro por causa da esperança de que ele se opusesse aos candidatos do 2º turno. Me sinto extremamente decepcionado por causa das opções. Nenhum me representa. Votarei nulo para manter a minha consciência limpa, pois tenho certeza que independente do candidato que for eleito nada irá melhorar”, decidiu.

No dia 02 de outubro, quando os brasileiros foram às urnas no 1º turno, 1.964.779 eleitores votaram em branco e outros 3.487.874 anularam o voto, uma fatia que na ocasião representou cerca de 5% dos mais de 156 milhões de eleitores aptos a votar no País.

De acordo com as últimas pesquisas divulgadas, um percentual parecido de eleitores que votou nulo ou em branco no início do mês irá se repetir. No detalhamento da pesquisa Ipec* desta segunda-feira (24), por exemplo, 93% das pessoas disseram estar totalmente decididas em quem votar para presidente. O professor Rodrigo Costa, 30 anos, não integra este grupo. Ele, que votou em Simone Tebet no 1º turno, ainda patina na escolha.

“Considero o Bolsonaro muito explosivo e sem educação. E o Lula, será que vai fazer mesmo? No Bolsonaro não voto em nenhuma oportunidade. Estou pensando se anulo ou se dou uma nova chance pro Lula”, disse à reportagem.

Segundo ele, caso decida anular o voto, esta será a primeira vez que irá se abster em uma eleição. Ainda de acordo com o professor, o fato de sua candidata no 1º turno agora fazer campanha para o candidato Lula (PT) não o influencia na nova decisão.

Para Rodrigo, que afirmou sentir falta de uma campanha mais focada em propostas, independente do resultado da eleição os próximos anos deverão ser de instabilidade para o país. Neste ponto, ele e o jovem João Pedro entram em consenso.

“Prevejo umas das maiores crises econômicas do País, pois independente de quem for eleito, a bomba fiscal irá estourar em 2023 por causa da maquiagem que o Governo Federal fez ao estourar o teto de gastos. É deprimente, extremamente deprimente. Candidatos usando púlpito de igrejas para palanque políticos, e usando a fragilidade da população mais pobre para ser alienada com promessas milagrosas. Acho que a população está sendo muito ingênua”, pontuou o estudante.

Lula x Bolsonaro

Capazes de mover paixões e multidões, os dois candidatos a Presidência da República que disputam o 2º turno das eleições este ano, Lula e Bolsonaro (PL) representam projetos de país totalmente antagônicos.
No 1º turno, o Brasil se viu praticamente dividido ao meio e a diferença entre os dois, no fim da apuração, foi apenas 5,2 pontos percentuais a favor do petista.

Antes de 2022, a votação mais apertada havia sido a de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB) com pouco mais de 3 milhões de votos a mais que o tucano.

Com um quadro de preferências praticamente estático, Lula e Bolsonaro terão que disputar a simpatia de aproximadamente 17,2 milhões de eleitores. Se manter a diferença do 1º turno, Bolsonaro precisa conquista 6,2 milhões deles, ou um a cada três, enquanto Lula se esforça para ampliar sua vantagem.
 
*Foram entrevistadas 3.008 pessoas em 183 municípios entre sábado (22) e segunda-feira (24). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-06043/2022.
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