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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Desde a redemocratização, apenas dois governadores de MT “abraçaram” presidenciáveis derrotados

Foto: Montagem/Olhar Direto

Desde a redemocratização, apenas dois governadores de MT “abraçaram” presidenciáveis derrotados
Desde 1994, quando as eleições diretas para presidente voltaram a ocorrer no mesmo pleito que a disputa dos governos estaduais, apenas dois governadores eleitos e reeleitos em Mato Grosso apoiaram o candidato derrotado na corrida pela Presidência da República: Pedro Taques (Cidadania) em 2014 e Dante de Oliveira (já falecido) em 1994.


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Neste ano, assim como em 2018, o governador Mauro Mendes (União) declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Há quatro anos, no entanto, o apoio do político só foi declarado no segundo turno, quando o capitão da reserva disputou com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

Eleito no primeiro turno, Mauro estava filiado ao extinto DEM, que nacionalmente compunha a coligação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), ainda filiado ao PSDB, que em Mato Grosso lançou o ex-governador Pedro Taques à reeleição. Mauro venceu a disputa estadual e declarou apoio a Bolsonaro, que também venceu a disputa no Estado, com 66,4% dos votos válidos.

Neste ano, Mauro fechou composição com o presidente ainda no primeiro turno, fechando coligação que lançou o senador reeleito Wellington Fagundes (PL). Após sua vitória, o gestor estadual entrou de cabeça na campanha do presidente, se reunindo com lideranças, traçando estratégias e participando de ações.

Taques e Silval

Em 2014, o então senador Pedro Taques disputou o Palácio Paiaguás em eleição polarizada com o atual deputado estadual Lúdio Cabral (PT). Filiado ao PDT, o político descumpriu orientação nacional e recebeu em Cuiabá o candidato do PSDB, Aécio Neves, para caminhada no Centro.

Na época, a sigla estava no arco de alianças da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que venceu no segundo turno. Em Mato Grosso, no entanto, a petista ficou atrás de Aécio, que recebeu apoio de 54,7% dos mato-grossenses.

Já em 2010, o ex-governador Silval Barbosa, seguindo as decisões do MDB, apoiou a eleição de Dilma. Tentando a reeleição – já que assumiu o governo após renúncia de Blairo -, o emedebista recebeu a sucessora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma série de atos, o que incluiu uma carreata em carro aberto pelas principais vias da Capital.

Naquele ano, Dilma também perdeu em Mato Grosso. O senador José Serra (PSDB) obteve 51,2% dos votos válidos.

Era Blairo

Em suas duas eleições, Blairo apoiou Lula no segundo turno. Em 2002, filiado ao PPS, o ex-governador se manteve neutro no primeiro turno, já que seu partido havia lançado Ciro Gomes à Presidência. Após eleito, optou por apoiar o petista, que venceu entre os mato-grossenses, com 54,4%.

Em retribuição a parceria firmada nos quatro anos de governo, Blairo chegou a correr o risco de ser expulso do PPS, em 2006. A sigla estava coligada com o ex-governador Geraldo Alckmin, mas Blairo voltou a apoiar Lula.

Na época, a imprensa nacional chegou a relacionar o apoio de Blairo com a implantação de uma série de medidas no setor agrícola que beneficiariam diretamente Mato Grosso; a principal delas a liberação de R$ 3 bilhões para a renegociação de dívidas agrícolas, das quais Mato Grosso receberia cerca de R$ 1 bilhão.

No pleito, diferente de 2002, Lula foi o menos votado no Estado, ficou com 49,6% na disputa com Alckmin no segundo turno.

Após os governos de Lula, Blairo apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e se tornou ministro da agricultura do governo Michel Temer (MDB). Agora, voltou a se aproximar de Lula, sendo um dos empresários do agro a apoiar o petista.

Era Dante

Nas duas eleições que venceu em Mato Grosso, Dante de Oliveira apoiou, mesmo que indiretamente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 1994, quando foi eleito em primeiro turno, o ex-governador, ainda filiado ao PDT, apoiou oficialmente o líder pedetista Leonel Brizola; no entanto, por conta do arranjo regional, acabou recebendo apoio de outros três candidatos a presidente: além de FHC, Lula e Orestes Quércia (PMDB).

Neste ano, a disputa presidencial também terminou no primeiro turno, com a vitória de FHC em Mato Grosso, com 64,2% dos votos válidos.

Em 1998, Dante foi reeleito pelo PSDB, que também conquistou mais quatro anos de poder com FHC. No estado, o ex-presidente manteve favoritismo, com 73%.

FHC foi o mais votado em Mato Grosso nas duas eleições: 64,2% em 1994 e 73% em 1998.

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