Principal liderança lulista em Mato Grosso, o senador Carlos Fávaro (PSD) votou no fim da manhã deste domingo (30) e afirmou não acreditar na reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), neste segundo turno da disputa presidencial.

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Ex-aliado do governador Mauro Mendes (União), o parlamentar revelou a expectativa de que o chefe do Executivo estadual pense no que é melhor para a população do Estado, independente do fato de ter apoiado Bolsonaro.

“A expectativa é de que a eleição ocorra de forma ordeira, pacífica, sem problema para o eleitor e que o número de abstenção seja baixo, para que a população esteja envolvida na eleição. Que se repita o resultado do primeiro turno, uma eleição apertada, mas que o presidente Lula abriu 6,5 milhões de votos. Parece, em todas as pesquisas, que vai se repetir hoje. Para que o Brasil volte a ter esperança e paz”, afirmou ao Olhar Direto, na chegada do local de votação, na Faculdade de Tecnologia Senai-MT, em Cuiabá.

“Ele deve pensar, a partir das 16h, nos mato-grossenses. Espero que ele pense no que for o melhor para o estado e trabalhar”, completou.

Sobre seu posicionamento em caso de reeleição de Bolsonaro, Fávaro garantiu que irá manter a mesma postura de independência.

“Não acredito na vitória do Bolsonaro, mas caso ocorra, serei independente, fazendo mandato responsável. Nunca fui do grupo político de Bolsonaro. Nas duas vezes que disputei o Senado, Bolsonaro indicou duas candidaturas contrárias à minha em Mato Grosso, mas nem por isso eu preciso ser contra o Brasil. Tudo aquilo que foi bom para o país eu votei com o governo. Quando disse que nem os eleitores mato-grossenses, nem o presidente se decepcionariam comigo é nesse sentido, pois fui para o Congresso cumprir o meu papel e aquilo que for ruim, votar contra e criticar”, disse.

Fávaro ainda falou sobre o futuro ministro da Agricultura, em eventual governo Lula. Disse que o petista garantiu escolher alguém ligado ao setor, mas não necessariamente um nome de Mato Grosso. Desde antes do primeiro turno, muito se falou da possibilidade de uma nomeação do deputado federal Neri Geller (PP), que disputou vaga no Senado como candidato do ex-presidente em Mato Grosso e atuou, ao lado de Fávaro, como ponte com o agronegócio.