O secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) Alfredo Carrijo, que esteve em Cuiabá neste domingo (6), elogiou a atuação da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) diante das manifestações de pessoas descontentes com o resultado das eleições presidenciais. Segundo Carrijo, Mato Grosso lida de forma “fenomenal” ao respeitar o direito tanto de quem quer se manifestar, quanto dos que querem se locomover.
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Carrijo também afirmou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem atuado da melhor forma que pode, mas que são muitos pontos de protestos, o que dificulta as operações. “A PRF está fazendo o máximo que ela pode, a direção geral da PRF está dando todos os esforços pra que o brasileiro possa trafegar com segurança nas nossas estradas e também eu queria fazer um agradecimento a todos os policiais que estão na ponta, trabalhando desde o domingo passado que está sendo intenso para as forças de segurança e deixar claro que o Ministério da Justiça, em nome do nosso ministro, está aqui pra ajudar, pra apoiar naquilo que for necessário e também pra que a gente consiga caminhar juntos sem nenhum transtorno”, afirmou.
Carlos Paim, secretário nacional de Segurança do MJSP, também esteve na capital mato-grossense. Ele agradeceu a integração com a Sesp e afirmou que a viagem também se deu para conhecer a capacidade operacional das forças estaduais. “Isso faz a gente conhecer pra saber como eventualmente nós podemos trabalhar juntos e contribuir. É óbvio que o senhor já tem contato mais próximo com a Polícia Rodoviária Federal, com a Polícia Federal, mas essa nossa vida vem com essa finalidade de estarmos à disposição e também poder fazer como o senhor bem pontuou os direitos constitucionais serem preservados, tanto da manifestação quanto de ir e vir”.
Desde que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar (PM) começaram ações para desobstruir as rodovias, manifestantes mudaram o ponto de encontro e vieram para Cuiabá. Neste domingo (6), ficaram concentrados em frente à 13ª Brigada de Infantaria Militar, pedindo “intervenção federal”.
Os manifestantes pró-Bolsonaro estão no local desde o dia 1 de novembro. Acampados, instalaram tendas em que distribuem cafés da manhã, almoço e jantar para os participantes do movimento. Vestindo camisetas com as cores da bandeira do Brasil, os participantes do movimento “Ordem e Resistência Civil” pedem por intervenção militar.
O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou recentemente que as manifestações pedindo “intervenção federal” ou militar não têm “cabimento”. Ele ainda criticou bolsonaristas que bloquearam estradas de Mato Grosso e tomaram a frente de batalhões do Exército na Capital para pedir “intervenção federal”. Os atos ilegais são vistos desde a noite de domingo (30), quando eleitores do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) começaram a questionar o resultado das eleições.
Na avaliação de Mauro, parte desses manifestantes age como adolescente insubordinado. “É descabível. Uma parte da nossa sociedade está agindo como se fosse adolescente, que começa a descobrir seu poder e autonomia e fica muito rebelde, com ideias meio insubordinadas. Então, uma parte da sociedade está agindo assim, descobrindo o poder que o povo tem”, disse nesta quinta-feira (03), durante entrevista ao jornalista José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes.
