Deixando de lado questões partidárias e, especialmente, eleitorais, o senador Jayme Campos (União) ressaltou a atuação do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a implantação da Ferrovia Estadual de Mato Grosso. Segundo o parlamentar, Bolsonaro contribui para o projeto não criando entraves.

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É que para a licitação da ferrovia, o Governo Estadual precisou de forte articulação política em Brasília (DF) e medidas que garantissem segurança jurídica para o empreendimento tocado pela Rumo. Entre elas, mudanças no texto de medida provisória que trata sobre o modal e assinatura de um acordo de cooperação técnica com a União.

“Acabou a eleição. O presidente Bolsonaro, muito determinado, ajudou a viabilizar a obra da Fico, lutou muito para a Ferrogrão e não criou caso, pois poderia levantar uma questão de ordem, foi superado por meio de uma conversa civilizada entre o governo de Mato Grosso e todos nós políticos para que pudéssemos concretizar a Ferrovia Vicente Vuolo”, disse, durante evento que marcou o início das obras da ferrovia, nesta segunda-feira (07), em Rondonópolis (307 Km de Cuiabá).

Em seu discurso, Jayme ainda pontuou o esforço de todas as lideranças políticas de Mato Grosso para que a ferrovia fosse viabilizada. Em especial, enalteceu a gestão do governador Mauro Mendes (União).

“Temos que lembrar que esse trabalho começou lá atrás, nós batendo a porta, furando o chão do Tribunal de Contas da União, para que prorrogassem a malha viária paulista e pudesse concretizar essa extensão de Rondonópolis até Lucas do Rio Verde. Se não fosse isso, não estaria acontecendo”, declarou.

“Só foi possível, pois Mauro teve coragem. Lembro muito bem do dia que liguei para o senhor pedindo sua presença em Brasília, após até uma conversa não tão agradável com o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), na medida que nós entendíamos que essa ferrovia foi um imbróglio criado desde o ano retrasado e precisávamos tomar um caminho que resolvesse. Graças a Deus tudo foi superado, pontuou”.

A ferrovia

A ferrovia estadual vai interligar Cuiabá a Rondonópolis, bem como Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, além de se conectar com a malha ferroviária nacional.

Serão 700 km de extensão, a serem construídos pela empresa que sair vencedora do edital. Foi definido o modelo privado de exploração, pois nesse formato o Estado faz a chamada pública e as empresas se habilitam a participar de seleção para fazer os investimentos, por sua conta e risco. A empresa vencedora deve aplicar cerca de R$ 12 bilhões no modal.

A previsão é que o Terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025 e o de Lucas do Rio Verde até o 2º semestre de 2028.