O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão provocou uma série de ataques na noite desta segunda-feira (12) em Brasília e o hotel em que o presidente Lula (PT) está hospedado teve sua segurança reforçada. Serere Xavante é natural de Poxoréu e já foi candidato a prefeito por Campinápolis.
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A prisão do indígena ocorreu após a PGR pedir sua detenção temporária, por 10 dias, depois que Serere Xavante convocou manifestantes armados a agirem para impedir a diplomação de Lula, realizada na tarde desta segunda-feira.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que seguem acampados em Brasília desde o dia da eleição, começaram então uma série de protestos e deprederam diversos veículos estacionados próximos à sede da Polícia Federal, em Brasília, além de tentarem invadir o órgão.
"A menifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do calro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", diz trecho do pedido da PGR.
O indígena, conhecido como Cacique Tserere, foi candidato a prefeito no município mato-grossense de Campinápolis, mas teve apenas 689 votos e não se elegeu. Ele se apresenta como pastor evangélico e missionário da Associação Indígena Bruno Ômore Dumhiwê. No início deste mês, um grupo ligado a ele invadiu a área de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília.