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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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AMIGO E EX-MINISTRO

Blairo se diz animado com indicação de Fávaro e aconselha ministro a esquecer tensão política e olhar para a frente

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Blairo se diz animado com indicação de Fávaro e aconselha ministro a esquecer tensão política e olhar para a frente
O ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), se disse animado com a indicação do amigo Carlos Fávaro (PSD) para o comando da Pasta que foi ocupada por ele, entre os anos de 2016 e 2019, e o aconselhou a "deixar para trás" a tensão política que marcou as eleições deste ano. Maggi avaliou ainda que o futuro ministro deverá focar sua gestão na modernização do setor e mandou um recado para as entidades que apoiaram a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e vêm criticando a indicação do mato-grossense para o Ministério de Lula: "eleição de novo, só daqui a quatro anos".


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"Quando eu estive no Ministério nós tivemos que reescrever decretos da época de Getulio Vargas, isso cria muita confusão, as pessoas são multadas por regras que não condizem mais com o momento que a gente vive. É assim em todas as áreas. Penso que o Fávaro tem essa missão, de não olhar para o retrovisor, po que interessa é o que vem pela frente. Estou bastante animado com a indicação dele, acho que ele será um grande ministro e vai ajudar muito Mato Grosso, com toda a certeza, porque ele estará na mesa de discussão com o Governo, defendendo não só os interesses da Agricultura, mas de todas as áreas do Estado", aconselhou.

Escalado por Lula para tentar “furar a bolha” bolsonarista do agronegócio de Mato Grosso, o senador Carlos Fávaro foi o escolhido para comandar o Ministério da Agricultura a partir de 2023. Mas para ser efetivado na Pasta, o agora ministro percorreu um verdadeiro calvário.

O parlamentar vinha sendo condenado pelo setor desde que assumiu a aliança com Lula, inclusive por meio do aparato sindical. Pesava contra ele, ainda, o fato de sua suplente, Margareth Buzetti, ser assumidamente bolsonarista. Para garantir sua indicação ao Mapa, ela deixou seu partido, o PP, e está de malas prontas para se filiar ao PSD, garantindo assim o apoio ao petista no Senado.

O mato-grossense, porém, não deverá ter vida fácil no Ministério. Ainda rejeitado por diversas entidades, Fávaro terá não só a missão de restabelecer a interlocução internacional do agro, mas principalmente com o mercado interno. A atual gestão da Aprosoja-MT, por exemplo, chegou a encaminhar nota à imprensa afirmando que não referenda seu nome como representante do setor em Brasília.

Blairo foi ministro da Agricultura no governo de Michel Temer (MDB), mas sempre manteve uma relação cordial com Lula. Para ele, as tensões devem ser ignoradas e o setor precisa ser pacificado. 

"Qualquer um que assume o Ministério, no caso específico agora do Fávaro, tem que se preocupar com o negócio como um todo. Não tem que ficar olhando se o cara é bolsonarista, petista, isso ou aquilo. Ele é ministro da Agricultura brasileira, que envolve várias pessoas, várias tendências, gostos diferentes. O objetivo é levar a Pasta para a frente e fazer com que esse negócio cresça. E entendo também que, passadas as eleições, todos que ficaram de um lado ou de outro devem se reposicionar e dar espaço para que o novo Governo possa trabalhar, que apresente suas propostas, que implemente o que precisa ser mudado e dê continuidade ao que vinha sendo feito que estava correto", considerou.

"Eu, sinceramente, não vejo essa pressão, por mais que entenda que ela existe. Mas com o tempo eles irão ceder, o papel do ministro é aglutinar tudo isso, sem pensar em eleição, mas pensando no agronegócio. Daqui a quatro anos teremos novas eleições e cada um que defenda o que achar que deve defender. Mas não cabe nesse momento essa tensão, isso precisa ser reduzido para que a gente possa atingir os objetivos que interessam - o desenvolvimento da agricultura, da pecuária, a abertura de novos mercados, consolidação de legislação, de normas, de regras sanitárias que precisam ser revistos porque o mundo avança muito rapidamente e a burocracia do estado é muito lenta", pontuou o ex-ministro.
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