O quarto-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, Lúcio Mosquini (MDB - RO), assinou um ofício, no último dia 22 de março, pedindo a desocupação de 14 apartamentos funcionais, ocupados por parlamentares com mandato em exercício, em Brasília. Entre os ocupantes, estão o senador Wellington Fagundes (PL) e o deputado federal José Medeiros (PL). O impasse com relação aos apartamentos aprofunda a crise entre as duas Casas. 

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De acordo com o documento, atualmente 11 senadores estão ocupando apartamentos da Câmara dos Deputados. Outros três deputados estão residindo em imóveis do Senado Federal. Segundo Lúcio, a diferença numérica "dificulta a manutenção de qualquer acordo entre as Casas", demonstrando um aprofundamento da crise entre os presidentes de ambos os espaços legislativos. 

A lista apresentada mostra o nome de Wellington Fagundes como um dos senadores que ocupam um apartamento destinado aos deputados. Já José Medeiros segue instalado em um imóvel destinado aos senadores. Além dos parlamentares mato-grossenses, outros nomes também são citados, como: Davi Alcolumbre (UNIÃO-AP), Marcelo Castro (MDB-PI), Eliziane Gama (PSD-MA), Romário (PL-RJ), Tereza Cristina (PP-MS), Dr. Hiram (PP-RR) e Alan Rick (UNIÃO-AC). 

A deputada Gleisi Hoffmann (PT-RS) e Aécio Neves (PSDB-MG) também foram e devem desocupar os imóveis. Ainda na justificativa, o quarto-secretário afirmou que a Câmara dos Deputados possui aproximadamente 100 parlamentares na fila de espera por um apartamento funcional. 

O pedido surge em meio a queda de braço entre Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente. Até o momento não há uma data exata para a desocupação.